Parte-se do pressuposto de que a avaliação educacional não é um processo classificatório, usado para apresentação de eliminados ou classificados. Pelo contrário, trata-se de um processo de acompanhamento do alunado e/ou do professorado em relação a um ciclo de formação. Esse processo pode ser visto em funcionamento a partir de três prismas: (i) avaliação diagnóstica, (ii) avaliação formativa e (iii) avaliação somativa (KRAEMER, 2005). Neste trabalho, objetiva-se discutir, numa perspectiva pragmática (RAJAGOPALAN, 2014), como tem sido interpretada a avaliação formativa, principalmente, por professores aprendizes, estagiários e/ou não estagiários, que ministram aula de língua portuguesa no ensino básico. O trabalho partiu da hipótese de que a avaliação tem sido interpretada principalmente como o resultado fornecido após aplicação de trabalho para nota. Por meio de um recorte qualitativo e etnográfico (GARCEZ & SCHULZ, 2015), foi analisado os atos de fala dos sujeitos de um grupo focal formado por licenciandos em letras a partir de reuniões coletivas e também de questionários semiestruturados. Como resultado, constatou-se que não há uma consciência teórico-prática suficiente para a diferenciação entre a avaliação formativa e somativa, nomeando-se em muitos casos a avaliação como o resultado da atividade vinculada à nota obtida pelo alunado. Por fim, considera-se imprescindível que, na formação docente ofertada pela universidade, haja no currículo a formalização de conteúdos obrigatórios sobre o tema.