A escola é uma instituição responsável pelo processo de socialização (GÓMES; SACRISTÁN, 1998). Além disso, ela é um espaço aberto a realidade heterogênea (FREIRE, 2011) e deve valorizar a pluralidade de ideias, de concepções, bem como permitir a interação cultural, pois, conforme a Lei de Diretrizes e Base da Educação, a Lei n. 9394/96, no artigo III, orienta-se uma prática de liberdade em aprender, ensinar e pesquisar. Nela também a divulgação da cultura, do pensamento, da arte e do saber são convidativos. Por isso, pensou-se numa prática capaz de possibilitar o acesso aos bens culturais de modo crítico-reflexivo, tendo como fim a sensibilização dos sujeitos sociais para a valorização da cultura existente em Pernambuco. Assim, do Sertão ao Litoral há uma diversidade cultural que deve ser conhecida não apenas pelo turista, mas, sobretudo, pelo autóctone, nesse caso, os educandos que precisam (re) conhecer a pluralidade existente no Estado de Pernambuco. Para isto foi desenvolvida uma aula de campo com estudantes e professores de uma instituição pública localizada em Recife – PE que em conjunto desenvolveram um roteiro da atividade para reconheceram os bens materiais e imateriais do Estado saindo do Recife (Capital do Estado) em direção ao Sertão. Menciona-se que a intervenção é resultado de uma pesquisa qualitativa norteada pelo método da pesquisa-ação, conforme Minayo (2012), considera as crenças, os valores e as atitudes dos partícipes. As bases epistemológicas desse estudo foram: Beni (1998), Camargo (1986), Bakhtin (1929), Freire (2011), Chauí (2006), Laraia (2000) e autores que contribuíram para a dialogicidade, bem como para o aprofundamento temático com sensibilização ao acesso aos bens culturais através da prática do turismo pedagógico que favoreceu a integração, a cooperação, a solidariedade e a participação ativa e protagonista dos sujeitos sociais, históricos e ideológicos. O estudo considerou que Pernambuco é um celeiro de cultura que encontra com a atuação escolar, mediante a prática do turismo pedagógico, a possibilidade de permitir o acesso aos bens culturais que constituem o patrimônio cultural.