O ano de 2020 foi iniciado com muitos desafios. Medidas emergenciais foram instaladas devido à pandemia da COVID-19, uma doença infecciosa causada pelo novo coronavírus. Em março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada como uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e, com isso, o mundo inteiro teve que se adaptar à nova realidade, assim como grupos sociais que vivem em condições específicas, como é o caso de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Diante disso, o cenário de isolamento social, provocado pela pandemia, promoveu mudanças nas atividades rotineiras que passaram a ser adaptadas para o formato remoto (on-line). Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi investigar o processo de atenção conjunta em uma criança com TEA em sessão de fonoterapia remota. Para isso, optamos, como método, pela pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Relacionando o processo de atenção conjunta ao autismo e à fonoaudiologia, utilizamos como alicerce teórico autores, como Costa Filho (2017), Barros (2011), Farrel (2008), Tomasello (2019), Fernandes (1996), Fonte e Barros (2016) e entre outros. Os resultados demonstraram a importância da atenção conjunta on-line, que revelou grandes benefícios para a fonoterapia, como o estabelecimento do diálogo, da interação, além do uso de recursos multimodais, que se configuram de diferentes formas, e da relação entre a linguagem oral e escrita.