Observa-se que as políticas públicas devem proporcionar melhorias gradativas na estrutura da sociedade, gerando resultados para a construção processual da autonomia dos cidadãos. O presente trabalho visa refletir sobre o programa social Bolsa Família, estabelecendo análises pautadas no acompanhamento das diretrizes obrigatórias para o funcionamento do Programa, vislumbrando o seu impacto na inclusão e permanência de crianças nas escolas, por meio de uma análise gradual das iniciativas estabelecidas. A metodologia empregada constituiu-se de pesquisa bibliográfica atrelada ao embasamento teórico proposto pelos autores Demo (1995), Cohn e Fonseca (2004), Libâneo (1985), Saviani (2000), Kuenzer (1992) e Glewwe e Kassouf (2008), Weissheimer (2010). O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que se configura como uma possibilidade de complementação da renda para os indivíduos que o recebem, promovendo a inserção dos beneficiários na escola, condição essa obrigatória para o recebimento do benefício. Reflete-se, pois, sobre o caráter de controle regulado através das prerrogativas de diminuição da pobreza e possibilidade de alcance mínino de cidadania aos usuários beneficiados. A gestão implementada nessa política educacional organiza-se de forma descentralizada e integra os entes federados na organização do cadastro e fiscalização referente ao cumprimento das condicionalidades básicas necessárias para o recebimento do auxílio. Torna-se imperativo discussões para ampla compreensão dos aspectos do Programa, a fim de suscitar suporte de aprimoramento das práticas já adotadas para o funcionamento e acompanhamento sistemático do Programa e seus impactos na educação.