Apesar de ser uma realidade a educação inclusiva constitui um desafio para as escolas e instituições de ensino superior. Ante o exposto objetivou-se, com esta pesquisa, avaliar as percepções dos docentes do curso de química CCA/UFPB no processo de inclusão de alunos com deficiência no ensino superior. A pesquisa foi realizada no Centro de Ciências Agrárias (CCA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus II – Areia – PB. Para a coleta dos dados utilizou-se um questionário estruturado com questões objetivas e subjetivas. O público alvo era constituído de nove docentes que lecionam no curso de química nas modalidades de licenciatura e bacharelado. A partir dos resultados verifica-se, que a maioria dos professores não se sente preparada para receber, em sala de aula, discentes com necessidades especiais visto que durante sua formação acadêmica e docente, não obtiveram subsídios para trabalhar com as práticas de inclusão. Menos da metade dos entrevistados relatam já ter tido experiência com alunos que apresentavam necessidade especial, dentre as quais as mais citadas foram: a auditiva e a visual. Em sua quase totalidade os professores entrevistados afirmam que sua disciplina não oferece suporte necessário para as práticas de inclusão e que o CCA não é adaptado para receber alunos com necessidades especiais. Os resultados desta pesquisa evidenciam que para ocorrer à inclusão dos discentes com necessidades especiais no curso da química é conveniente uma reestruturação do sistema educacional superior a qual passa, necessariamente, pela formação dos docentes, seja em nível inicial como continuado, além da adaptação da estrutura física do Campus.