O presente trabalho tem por objetivo descrever as experiências e percepção vivenciadas por um grupo de jovens candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM considerando o seu processo de desenvolvimento cognitivo a partir das relações de aprendizagem estabelecidas dentro da zona de desenvolvimento proximal defendidas por Lev Seminovich Vygotsky. Estas experiências foram aqui descritas numa turma de 35 alunos, participantes da disciplina de História do curso Pró-Enem da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) na cidade de Campina Grande-PB. O curso é oferecido aos sábados à comunidade carente da região e, a pesquisa, se deu a partir do período de fevereiro de 2014 a junho do mesmo ano por iniciativa de dois professores-estagiários do curso de Licenciatura Plena em História, ambos graduandos da instituição acima citada. Objetivou-se, portanto, perceber como seria possível, partindo do conhecimento real dos alunos, uma aprendizagem à luz das concepções vygotskyanas onde a mediação do professor se torna fundamental no processo de aprendizado dos discentes. Nesse sentido, teórico e metodologicamente, foram analisadas as possibilidades do conhecimento real dos alunos para uma intervenção consciente dos professores. Para tanto, em um primeiro momento, utilizamos de um teste simulando a prova do ENEM que se levou a avaliar a maturidade cognitiva dos educandos a partir das competências e habilidades requeridas pelo exame, de acordo com a área I, que se refere às Ciências Humanas, especificamente no Componente Curricular de História. A nossa inquietação nos levou também, a descobrir quais os instrumentos mediadores estabelecidos pelos professores que possibilitavam o aprendizado no espaço de aprendizagem, ou seja, a Zona de Desenvolvimento Proximal – ZDP, além de uma intervenção direta para com os alunos, estabelecendo trocas, pistas, apontando um avanço no campo conceitual da turma como um todo. Por fim, pudemos constatar que alguns alunos chegam ao curso Pró-Enem com conhecimentos históricos já consolidados, outros ainda por se desenvolver e, um trabalho docente nessa perspectiva, não só amplia as possibilidades de aprendizagem, mas torna possível aos professores um aprimoramento na sua prática educativa, dando mais ressignificação e sentido.