Em Alagoas a discussão sobre a criação da Escola Normal foi pautada por diferentes governos. Os presidentes provinciais reconheciam os problemas da educação e apontavam à necessidade de se investir na formação dos professores. A partir disto, esse artigo objetiva refletir sobre as práticas e saberes circulado na legislação do ensino, nos discursos dos intelectuais que pensavam a Instrução Pública especialmente a Escola Normal em Alagoas. Trata-se de um estudo historiográfico produzido sobre a Escola Normal Maceioense, e procura recuperar a história percorrida por essa instituição, da perspectiva da ação do Estado, ou seja, da política educacional por ele desenvolvida. Nascidas no século XIX ao nível de modestas escolas primárias e centradas, sobretudo no conteúdo a ser ensinado, as Escolas Normais foram aos poucos incorporando um conteúdo didático-pedagógico. Para fundamentar a pesquisa, recorreram-se como referência os autores Souza (2008), Costa (1871), Espíndola (1866), entre outros e os documentos oficiais como: Relatórios, Leis do Império. O ideário escolanovista as marcaria definitivamente, deslocando a ênfase de seu currículo para as denominadas "ciências da educação". O artigo aborda questões relativas à: consolidação e expansão das Escolas Normais como instituições formadoras do magistério para a escola primária, evolução de sua organização geral e curricular na formação do professor das séries iniciais.