A alfabetização cartográfica tem como proposta metodológica fundamental a formação do sujeito, de produtor de mapas e gráficos a leitor eficiente dessas representações, avançando do conhecimento espontâneo ao conhecimento sistematizado e leitura de mundo. Segundo Simielli (1998) com uma alfabetização cartográfica eficaz, os alunos tornam-se capazes de fazer uma análise crítica do espaço geográfico através de suas representações. A iniciação da alfabetização cartográfica se dá desde Educação Infantil (Infantil três) e durante o Ensino Fundamental, onde o espaço concreto do aluno é trabalhado e, ao longo dos anos iniciais, se dá uma evolução dos níveis de aprendizagem. Espera-se que a partir do 6º ano o aluno já esteja apto a ler um mapa de forma crítica e consciente, sendo indispensável que haja uma alfabetização cartográfica nos anos anteriores. Diante desta problemática, após um longo período de ensino remoto emergencial no contexto da pandemia de COVID-19, constatou-se que os alunos do 6º e 7º ano Ensino Fundamental careciam de uma intervenção nos estudos de cartografia, já que a alfabetização cartográfica necessária nos anos anteriores foi prejudicada. Tal constatação levantou a necessidade de oferecer, por meio da extensão universitária, a esses alunos um ensino presencial que se baseie nas metodologias ativas, mais criativas e supervisionadas. Para tanto, foram implementadas nas aulas de geografia do 6º e 7º ano do Ensino Fundamental metodologias ativas com o uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação - TDICs e Geotecnologias no processo de alfabetização cartográfica, utilizando o modelo de rotação por estações e outras ferramentas facilitadoras no processo de ensino e aprendizagem de geografia. Concluímos que, além da importância de inserir a temática no cotidiano das aulas de geografia, se dá a importância de abordar a alfabetização cartográfica na formação inicial e continuada dos docentes, fortalecendo assim, a práxis.