Trata-se de um artigo que tece considerações sobre a relação estreita existente entre os saberes pedagógicos, didáticos, experienciais e o efetivo exercício da docência no Ensino Superior. Os aportes teóricos nos revelam sobre a importância desses saberes inerentes à prática docente que vão além do notório saber e/ou da crença de quem saber fazer – sabe ensinar e/ou ainda dos saberes específicos, e perpassam pela complexidade dos conhecimentos que tornam o ensino em aprendizagem, ou seja, pelos sujeitos diretamente envolvidos nesse processo. Esse artigo busca contribuir para a reflexão de que não se pode pensar a prática a não ser como resultado de um fazer humano, na qual a práxis docente não deve se pautar no conteúdo programado, ou no que deve ser ensinado, mas sim no conhecimento sobre como se aprende, como essa aprendizagem varia a partir desse sujeito que depositou no Ensino Superior necessidades formativas, interpessoais e sociais, devem partir do conhecer “João”, suas dificuldades, as lacunas, os anseios, suas potencialidades, propondo caminhos diferentes de ensino para assegurar que todos aprendam, buscando a conscientização de que só se justifica o ensino se ele promover aprendizagem, transformação, e é este saber-fazer, num principio indissociável ensino-aprendizagem-investigação que se reconhece a prática docente.