A avaliação, no contexto educacional, caracteriza-se como um procedimento de análise para a identificação e superação dos obstáculos observados no processo de ensino e aprendizagem, promovendo a sua reflexão e o aprimoramento da práxis docente, de modo a viabilizar a participação ativa dos estudantes na escola e na sociedade. Historicamente, a avaliação no Brasil tem exercido um caráter excludente e autoritário, por ter se propagado como uma forma de medir as capacidades dos educandos e lhes definir uma nota, de acordo com os seus níveis de absorção dos conteúdos transmitidos em sala de aula. Essa categorização dos estudantes gera uma reprodução da discriminação e desigualdade nos ambientes escolares, pois, ao invés de elaborar uma ação mediadora, na maioria das vezes, o aluno que possui maiores dificuldades é simplesmente deixado de lado. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo, analisar a relação avaliação educacional e fracasso escolar, ressaltando a sua nocividade quando não realizada da maneira correta. Para tanto, utilizou-se de pesquisas bibliográficas, pautadas nos pensamentos de autores como LUCKESI (2002), PERRENOUD (1998) e HOFFMANN (2003); além da aplicação de questionários semiestruturados em escolas da rede pública do município de Imperatriz, Maranhão, a fim de conhecer como se dá o processo de avaliação. Evidencia-se que, a avaliação possui um papel fundamental na permanência do estudante na escola, e a sua eficácia não depende de um único indivíduo, mas de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, assim, compreende-se que a avaliação está correlacionada com a mutualidade necessária na comunidade escolar, não como uma maneira de quantificar os conhecimentos, mas de aprimorá-los, respeitando os diferentes ritmos e demais particularidades.