Este trabalho aborda estudos referentes às comunidades remanescentes de quilombos, especificamente, a comunidade quilombola do Campo D’Angola, localizada no distrito de São José da Mata- PB. Um dos objetivos dessa pesquisa é garantir o reconhecimento da comunidade enquanto remanescente, dando-lhes uma relevante visibilidade. Nossa opção metodológica dividiu-se em dois momentos. No primeiro deles, buscamos reafirmar nossa pesquisa tomando os referenciais teóricos como eixos propulsores dos estudos. No segundo momento, optamos em manter a parte prática, com a realização de entrevistas com os moradores mais antigos e descendentes de famílias de escravos para assim, comprovarmos a existência de uma identidade quilombola. Assim, percebemos o papel fundamental das atividades educativas e também da comunidade como um todo (mormente os setores administrativos) na reinserção cultural dos remanescentes quilombolas enquanto protagonistas de sua própria história. Os resultados obtidos se mostraram em um patamar de imensa satisfação, tendo em vista o reconhecimento da comunidade do Campo d’Angola por parte da instituição. A partir de nossa pesquisa identificamos a importância do resgate da memória, que até então é silenciada pelos registros oficiais, além da persistência da cultura africana nos quilombos.