O objetivo de toda e qualquer política pública concentra-se na resolução de problemas sociais. Vivemos no país que mais mata e violenta pessoas não-cisheterossexuais em todo o mundo, índices que vêm crescendo a cada ano, acelerados pelos desdobramentos ocorridos no âmbito sociopolítico. Assim, o campo da educação surge como profícuo espaço para o desenvolvimento de ações que combatam as fobias sexuais. Contudo, diante de tal horizonte, questionamos: de que maneira a academia vem refletindo a respeito desse cenário? E mais: podemos falar em políticas públicas de educação voltadas às diversidades sexuais ou somente de ações isoladas? E ainda: se falamos em políticas públicas, como elas têm sido pensadas? O presente estudo baseia-se em uma revisão narrativa e objetiva compreender de que forma tem se desenhado as políticas públicas de educação voltadas às diversidades sexuais na América do Sul. Como resultado, destaca-se: a construção de políticas públicas específicas com base em vieses cisheteronormativos; o não reconhecimento às diferenças e; o baixo índice de formações continuadas e capacitações que permitam a instrumentalização de pessoas trabalhadoras da educação em torno de tais políticas.