No início da pandemia por COVID-19, as comorbidades associadas e idade foram fatores relacionados com a gravidade e mortalidade. Por isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil e a evolução clínica de idosos hospitalizados com desfecho de mortalidade de um centro hospitalar de São Luís-MA. Trata-se de um estudo coorte retrospectivo, entre abril e agosto de 2020, com idosos hospitalizados diagnosticados com COVID-19, que apresentaram o desfecho óbito, de um centro hospitalar do município de São Luís-MA. Os dados coletados no prontuário eletrônico foram: presença de comorbidade, intercorrências clínicas e suporte nutricional em três momentos distintos (início do internamento, após 7 dias e no dia do óbito). Foram avaliados 45 idosos, com idade média de 69,7 +12,3 anos, sendo 66,6% do sexo masculino, 80% hipertensos e 58,6% diabéticos. No momento da admissão, 26,6% necessitou de VNI e 91% alimentava por via oral. Após 7 dias, 80% dos idosos foram transferidos para UTI, evoluindo com piora do padrão respiratório, no qual 57,7% precisou de intubação orotraqueal, 24,4% evoluiu com insuficiência renal aguda e hemodiálise, 44,4% utilizou droga vasoativa e 44,4% precisaram de suporte nutricional enteral. No dia do óbito, aumentou para 55,5% insuficiência renal aguda, 88,8% o uso de droga vasoativa, 55,5% das dietas foram suspensas por instabilidade hemodinâmica, sendo a principal causa de óbito a parada cardiorrespiratória. A média do tempo de evolução para o óbito foi de 16,4+3,8 dias. conclui-se que a maioria dos idosos era da sexo masculino com alguma comorbidade metabólica associada que evoluiu principalmente com insuficiência renal aguda e com uma rápida evolução para desfecho de óbito.