O presente estudo teve como objetivo analisar a mortalidade por suicídio em idosos no estado do Rio de Janeiro, no período de 2010 a 2019. Métodos: estudo ecológico retrospectivo que utilizou dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, disponível na internet, de acesso público. Consideraram-se códigos X60-X84 da Classificação Internacional das Doenças (10ª revisão) que se referem às lesões autoprovocadas intencionalmente. Calcularam-se taxas de mortalidade por suicídio por 100 mil habitantes, por sexo e por faixa etária (60 a 69 anos; 70 a 79 anos; acima de 80 anos). Resultados: no período estudado, as taxas em homens idosos variaram de 6,22 a 8,78 óbitos por 100 mil habitantes e de 4,02 e 6,36 suicídios por 100 mil habitantes em mulheres idosas. Na população geral, as taxas ficaram entre 1,09 a 2,62 suicídios por 100 mil habitantes em homens e de 1,22 a 1,98 suicídios por 100 mil habitantes em mulheres. Observou-se, também, que os meios mais utilizados pelos idosos foram principalmente enforcamento, armas de fogo e autointoxicação. A maioria dos suicídios ocorreu em pessoas brancas, tanto em idosos (69,2%), como na população geral (54,9%). Grande parte dos indivíduos estudou mais de oito anos, respectivamente, 41,8% 47,9% de idosos e da população em geral. Os resultados mostraram que as taxas de mortalidade por suicídio na população masculina acima de 60 anos superaram as taxas de suicídio de mulheres idosas e da população em geral, indicando um risco maior para essa população. Considerações finais: Espera-se que o presente estudo contribua para o desenvolvimento de novas pesquisas, bem como para a implementação de políticas públicas em assistência e promoção de saúde que considerem as peculiaridades desses grupos e a complexidade do tema do bem-estar psicossocial e da prevenção ao suicídio, principalmente entre homens idosos.