RESUMO A relação entre arte e saúde mental surge como ferramenta terapêutica desde as primeiras tentativas de humanização dos atendimentos realizados nas instituições de saúde mental após a Reforma Psiquiátrica, constituindo-se como importante mecanismo de reabilitação e reinserção social, realidade essa que permite a pessoa de mais idade sair da inutilidade e vivenciar as mudanças naturais da vida de forma mais plena. Partindo deste contexto, este trabalho objetiva relatar a experiência desenvolvida em um dos grupos terapêuticos do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) Secretaria Municipal de Saúde da cidade de Sumé-PB, com a utilização de recursos artísticos como possibilidade de uma proposta terapêutica ampla, capaz de potencializar a autonomia no processo de envelhecimento na saúde mental, bem como elevar a autoestima, expressão dos seus desejos, lembranças, medos e como também promover estabilidade psicológica e emocional e minimizar os efeitos negativos do transtorno mental. Apropriando-se de linguagens da arte, como a pintura, a escultura, habilidades manuais e ações de produção livre de expressão artística, obtivemos a adesão e o envolvimento dos sujeitos implicados no processo, sobretudo dos usuários(as) inseridos na faixa-etária da Terceira Idade, propiciando mudanças nos campos afetivos, interpessoal e relacional, a partir da promoção da autonomia, criatividade e autoestima, além de amenizar a solidão destes sujeitos. Palavras-chave: Arte, Envelhecimento, Saúde Mental.