A sexualidade na terceira idade é uma realidade frente a uma civilização global marcada por um aumento significativo da expectativa média de vida e pelos avanços da tecnociência. Como reflexo desse aumento da longevidade, observa-se proporções crescentes de idosos diagnosticados com o quadro da HIV, os quais, devido ao surgimento de necessidades especiais, bem como de comorbidades relacionadas à idade, carecem de um modelo de atenção de saúde que abranja de modo pleno a complexidade desse grupo social. O presente estudo objetivou analisar a produção científica internacional acerca da Imunodeficiência Adquirida em idosos. Realizou-se um estudo bibliométrico, ou seja, a aplicação de métodos quantitativos e qualitativos na análise de obras literárias, a partir da busca eletrônica na Biblioteca Virtual em Saúde, com o uso dos Descritores em Ciências da Saúde “HIV” e “Geriatrics”. Além disso, foi utilizado o método de análise lexical através do software IRAMUTEQ. A partir dos critérios de elegibilidade, foram pré-selecionados 43 artigos, sendo a amostra final composta de 20 documentos, no período compreendido entre os anos de 2017 e 2022. Assim, notou-se que o ano de 2019 apresentou o maior número de publicações sobre a temática, que houve presença unânime do idioma inglês nos estudos e que os Estados Unidos apresentaram prevalência entre os países de publicação. Considerando a frequência de palavras nos resumos, aquelas que mais se repetiram foram: HIV, idosos e envelhecimento. Logo, concluiu-se que o modelo atual de cuidado da Imunodeficiência Adquirida não contempla a natureza multifatorial das condições em idosos. Além disso, identificou-se que idosos que vivem com HIV, ao passarem por um processo de cuidado multidisciplinar, apresentaram melhora da capacidade funcional e da qualidade de vida, tornando-se mais adeptos aos tratamentos. Ressalta-se, portanto, a importância da implementação de novos modelos de atenção a pacientes com HIV na avaliação geriátrica integral.