Apesar de uma conquista da sociedade, o aumento da população idosa suscita alterações socioeconômicas e representa um dos desafios da saúde na atualidade, pois demanda atendimento necessário para o controle das doenças crônicas, além da manutenção da capacidade funcional e da qualidade de vida (QV). Os comprometimentos típicos dessa faixa etária foram agrupados como Síndromes Geriátricas, correspondendo as incontinências, as instabilidades e quedas, a demência, a depressão e a imobilidade. As incontinências representam condições complexas tanto para o paciente quanto para seus cuidadores. Embora não impacte diretamente na mortalidade, as incontinências podem trazer consequências como lesões de pele, infecções urinárias, alterações nutricionais e inatividade física. Ademais, significativos custos econômicos, referentes ao uso de proteção, diagnóstico, cuidados especializados, reabilitação e medicamentos. Além dos resultados psicossociais, relacionados à perda de independência, isolamento social e impacto emocional. Todas essas implicações podem afetar a qualidade de vida de pacientes incontinentes. Destaste, o presente trabalho tem como objetivo revisar como as incontinências afetam a qualidade de vida e que estratégias os indivíduos idosos usam para lidar com ela. Trata-se de uma revisão de literatura, através de uma busca nos bancos de dados informatizados MedLine, Scielo e LILACS. O efeito das incontinências sobre a qualidade de vida dos idosos tem sido pouco investigado na literatura. O isolamento social, o constrangimento e a restrição das atividades foram os aspectos mais encontrados nos estudos. A utilização da avaliação de qualidade de vida nos aspectos que são relacionados ou afetados pela presença de doenças ou de tratamentos passou a ser denominada qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). A qualidade de vida de idosos com incontinências pode ser avaliada através de instrumentos genéricos, como o World Health Organization Quality of Life instrument. Alguns estudos têm indicado variáveis que podem se associar a um maior ou menor comprometimento da QV, mas ainda há escassez de trabalhos com idosos incontinentes.