O presente trabalho consiste de revisão crítica de parte da produção de conhecimento que articula envelhecimento, velhice e gênero, a partir de estudos publicados nas plataformas Scielo e Portal de Periódicos Capes. Os pressupostos ético-epistemológicos e metodológicos que orientam nossas apostas orientam-se pela perspectiva genealógica (FOUCAULT, 1984) em diálogo com os estudos pós-estruturalistas em gênero e sexualidade. Entre as evidências encontradas destacamos artigos que utilizam gênero como categoria de análise das tramas do envelhecimento e que apontam caminhos para o desenvolvimento de perspectivas biopolíticas e interseccionais. Esses estudos, a partir do entrelaçamento dos marcadores de geração, aqui em específico a fase idosa, e performatividades de gênero engendradas nos/com/pelos sujeitos, indicam que os modos de pesquisar o envelhecimento configuram-se como modos de subjetivação, produzindo certos significados e sentidos sobre o corpo, em especial idoso. Compreender as (im)possíveis articulações do conceito de gênero e velhice nas pesquisas que foram/são desenvolvidas, se constitui para nós objetivo que aponta para a compreensão de que o modo como falamos e o que falamos sobre a velhice incide sobre a própria representação e os processos que envolvem o envelhecimento. Ao nos movermos em genealogias da velhice e dos processos de envelhecimento, podemos compreender parte das emergências em torno da produção de uma questão a ser pensada e como ela se constitui como algo passível de governo, marcando e definindo uma população.