A febre chikungunya é uma arbovirose, transmitida pela picada de fêmeas infectadas do gênero Aedes, podendo evoluir em três fases: aguda, pós-aguda e crônica. A alta proliferação do vetor favorece à disseminação da doença, coloca em risco a população do país, em especial, as populações de maior risco para evoluir para as formas graves da doença, como os idosos, podendo resultar em desfechos desfavoráveis. A presente investigação é um estudo ecológico, descritivo, transversal de abordagem quantitativa, com dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação, disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. A coleta de dados ocorreu em junho de 2022 utilizando-se os dados referentes aos anos de 2017 a 2021. Para a análise estatística descritiva utilizaram-se dados distribuídos por meio de planilhas da Microsoft Excel 2016 elaboradas pelo TABNET/DATASUS. No período de 2017 a 2021, registrou-se um total de 784.662 mil casos de chikungunya no Brasil, sendo 116.487 na população idosa, o que corresponde a 14,85% dos casos, tendo o maior número de registro em 2017 e em 2019. Em todos os anos, os meses com maior número de casos, ocorreram em abril, maio e junho. Referente ao sexo, a maioria dos idosos acometidos é do sexo feminino. Infere-se, que o maior número casos de acordo com a escolaridade, concentra-se nos idosos com ensino fundamental incompleto. No que tange os casos segundo a região de residência, observa-se maiores notificações nas regiões nordeste e sudeste do país. A maioria dos casos notificados foram elucidados por intermédio de diagnóstico clínico epidemiológico e a evolução dos casos em sua maioria evoluíram para cura e apenas 0,3% para o óbito. Diante dos achados, ressalta-se a necessidade de novos estudos que busquem evidenciar outras características epidemiológicas da chikungunya neste seguimento populacional no país, melhorando a assistência à saúde dessa população.