O processo de envelhecimento humano pode ser compreendido como um dinâmico estado de complexas modificações progressivas capaz de comprometer os principais sistemas fisiológicos nos indivíduos, mais representativo nas pessoas idosas. É fundamental avaliar aspectos do envelhecimento, entre eles, a constipação, que consiste em um sinal de comprometimento da condição de saúde, evidenciado por vários distúrbios intestinais ou extraintestinais, que eleva o risco de perda da autonomia dos idosos. Distúrbios psicológicos, tal qual depressão, associam-se à ocorrência de constipação intestinal. O uso de drogas antidepressivas pode contribuir para o aumento de constipação por ocasionar alterações na motilidade gastrointestinal. Objetivou-se investigar sintomas depressivos e sua associação com constipação em pessoas idosas. Trata-se de uma pesquisa descritiva, do tipo estudo clínico de casos múltiplos, desenvolvido em um serviço ambulatorial especializado em geriatria da Paraíba, Brasil. Para a coleta de dados aplicaram-se dois instrumentos. O primeiro, investigou aspectos sociodemográficos e clínicos. O segundo compreendeu a Center for Epidemiological Studies Depression Scale. A estratégia de análise dos dados se deu por meio da investigação de padrões evidenciados pelas pessoas idosas, denominados de unidades de análise. Foram estudadas doze unidades de análise. Verificou-se, no presente estudo que, metade dos idosos apresentaram risco para desenvolver depressão. A literatura aponta que as chances de apresentar constipação intestinal é maior entre os idosos que possuem suspeita de depressão. A investigação de sintomas depressivos pode contribuir para melhoria da qualidade de vida de idosos, especialmente, aqueles acometidos por constipação, podendo fundamentar cuidados em saúde acurados para essa população.