ANDRADE, Janaína Araujo. Discalculia nos anos iniciais do ensino fundamental. Anais I CINTEDI... Campina Grande: Realize Editora, 2014. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/8657>. Acesso em: 22/11/2024 06:10
Introdução: As dificuldades de aprendizagem se estabelecem como uma das áreas mais complexas de se conceituar, em decorrência da variedade de teorias, modelos e definições que visam esclarecer esse problema. Em algumas situações, esses problemas estar relacionados com a discalculia, que é um transtorno causado por uma má formação neurológica, onde a criança começa a apresentar dificuldades com as operações envolvendo os números. Este trabalho relata as dificuldades de matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma criança que frequenta uma determinada escola particular em Campina Grande-PB. Observa-se no cotidiano da sala de aula que a aluna não consegue entender os conceitos ensinados, já tendo sido reprovada nessa disciplina, ou ainda que aprovada, sente dificuldades em utilizar o conhecimento “adquirido”. Os professores, preocupados com essa situação, procuram novos métodos pedagógicos e buscam romper as barreiras que a estrutura estabelece, tentando proporcionar o acesso do saber aos estudantes, através de atividades lúdicas, na compreensão de que se constituem meios facilitadores da aprendizagem. O objetivo desse artigo é refletir sobre a importância de se trabalhar desde cedo essas dificuldades, além de mostrar a importância da participação do professor nesse processo. O professor precisa estar atento, principalmente quando a criança apresentar dificuldades na leitura de números, para que ele possa, o mais rápido fazer sua intervenção. Estabelecer orientações aos professores e sugerindo ferramentas que facilitam o ensino do movimento matemático, envolvido nas várias operações acadêmicas e na vivência diária. Para a fundamentação teórica, foram estudados os seguintes autores: RECNEI (1998); FERREIRA (2005); GRUPO CULTURA (2014); BRASIL (1998). A metodologia foi a pesquisa bibliográfica, a observação participante e na intervenção se procurou metodologias de ensino diferenciadas que integrassem essa criança, através de atividades lúdicas conseguissem introduzir a mesma no processo de ensino e aprendizagem e contribuíssem para a superação de tais dificuldades. Os resultados demostram como eram visíveis às dificuldades de aprendizagem da criança, além da forma discriminatória entre criança-criança; professoras-crianças e professoras-professoras com relação à dificuldade de aprendizagem, além disso, a falta de formação docente sobre a temática gerava ambiguidade de procedimentos entre as professoras. Percebe-se a importância de se discutir mais sobre a questão da discalculia no curso de pedagogia, no componente curricular de Desenvolvimento e Aprendizagem da criança visto que os desafios da prática docente são inúmeros e os cursos de formação precisam alertar os estagiários para se manter com o olhar aguçado para tratar dos acontecimentos vivenciados em sala de aula. A postura de muitos profissionais é de total desinformação e preconceituosa, saber lidar de forma crítica e reflexiva nas situações cotidianas de sala de aula é o desafio dos cursos de formação. Portanto, conclui-se que é necessário que os professores, em sua prática pedagógica, trabalhem bem as questões das dificuldades de aprendizagem, é possível fazer com que uma criança que tenha essa dificuldade em matemática aprenda de forma lúdica. Assim, essa experiência com essa criança nos fez refletir sobre a importância de se trabalhar e de se aprofundar mais nesse tema, apontando para busca de possíveis soluções para a melhoria da prática docente e do combate ao preconceito. Palavras-chaves: Dificuldade na aprendizagem, Discalculia, Intervenção.