O envelhecimento é um processo que ressalta transformações em diversos âmbitos da saúde e as mulheres, por sua vez, antecipam essas mudanças quando encontram-se no período do climatério. O assoalho pélvico, entretanto, é a estrutura corporal mais suscetível a modificações durante o período, ocasionando disfunções de grandes impactos socioemocionais. Para tanto, a pesquisa objetiva avaliar a percepção e o conhecimento das mulheres climatéricas sobre o assoalho pélvico, traçando perspectivas para o envelhecimento saudável. Trata-se de um estudo observacional transversal com abordagem qualitativa, realizado em 2021, pela Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi (FACISA). Foram incluídas mulheres com idade entre 40 e 65 anos, residentes de Santa Cruz/RN e cidades vizinhas, que não tinham realizado tratamento de fisioterapia pélvica e que participavam do Projeto de Extensão “Florescer: práticas corporais para mulheres no climatério”, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CAAE: 4.132.799). 47 mulheres responderam uma ficha de avaliação virtual com as seguintes perguntas: “Você já ouviu falar em assoalho pélvico/períneo?”; “Você sabe o que é assoalho pélvico/períneo?”; “Você sabe contrair e relaxar seu assoalho pélvico/períneo?”; “Você costuma realizar essas contrações com frequência?”. 72% das mulheres responderam que já tinham ouvido falar sobre a estrutura, mas menos da metade (48%) não sabiam descrever o que era o assoalho pélvico. 21 mulheres (46%) sabiam contrair e relaxar a musculatura, mas apenas 3 delas realizavam as contrações com frequência. É válido afirmar que o conhecimento sobre o assoalho pélvico é baixo quanto trata-se do público climatérico. Acredita-se que a percepção prévia sobre essa parte do corpo é imprescindível para o fortalecimento da musculatura, assim como para a prevenção de disfunções. Por fim, torna-se necessário intervenções educacionais, direcionadas ao climatério, destacando a mulher como protagonista do seu envelhecimento saudável.