A contemporânea dinâmica capitalista e globalizada que orienta novos arranjos sociais, econômicos e culturais, abre outros paradigmas para se ler a conjuntura social e a condição da pessoa idosa neste cenário. Utilizando como fundamentação, para refletir o contexto social, contamos com o filósofo Byung-chul Han e o sociólogo Bauman e, em referência ao sujeito e a sua subjetividade, Ângela Mucida apoiada nas leituras de Freud e Lacan, nos oferecendo substrato para se refletir uma nova forma de laço social e processos de subjetivação nesse recente e autêntico movimento, entre sujeito, a relação com seus pares e a sua inserção na sociedade. Com base nessas proposições temos por objetivo, nesta revisão bibliográfica, discutir e repensar o lugar da pessoa idosa e do envelhecimento na pós-modernidade. Sendo assim, a relação com os novos meios de subjetivação, sua dialética inter e intrapessoal em conexão com o estabelecimento histórico do Estatuto do Idoso e sua repercussão nas representações sociais, de si mesmo e das pessoas com quem convive, nos convida a refletir e nos indagar para onde essas novas demandas sociais apontam, da perspectiva do lugar social que ocupa esse sujeito. Por fim, busca-se com a crítica ao nosso momento sócio-cultural, marcado pelo ideal de produtividade industrial, assim como também a obsessão e o culto pela juventude, rearticular a posição da pessoa idosa em tal contexto. Não a tratando como agente passivo, mas dando voz e lugar de fala, para que possamos conjuntamente inventar novas formas de representar e perceber o envelhecimento. Considerando a sua singularidade, respeitando os novos modos de subjetivação e de ser, o lugar de sujeito e seu desejo, independentemente de sua idade cronológica.