O fenômeno do envelhecimento com HIV/AIDS desafia o campo da saúde coletiva a repensar tecnologias e estratégias para a prevenção, com atividades individuais e coletivas. Conhecer sobre o assunto não é suficiente, necessário se faz uma mudança de comportamento com adoção de práticas seguras capazes de evitar a infecção. Face ao aumento contínuo da população idosa e da necessidade de cuidados que concebam a promoção da sua qualidade de vida, são imprescindíveis pesquisas na área do envelhecimento humano. Objetivou-se verificar o conhecimento de pessoas idosas acompanhadas em um serviço de referência para doenças infecciosas sobre o HIV/AIDS. Estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa, realizado no Centro de Infectologia de um município do interior cearense. Após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, a amostra do estudo foi composta por 25 idosos. A coleta por meio de um roteiro de entrevista semiestruturada, sendo transcritas na íntegra, e, posteriormente, compuseram o corpus textual que foi processado pelo software de análise qualitativa IRAMUTEQ. Aprovado com Parecer Consubstanciado de n°: 3.352.277. Emergiu a categoria: Compreensão sobre HIV/AIDS e seu tratamento. Diante da compreensão dos idosos quanto ao HIV/AIDS, têm-se como principal resultado a perspectiva de que os mesmos não são orientados quando a esta doença, suas implicações, tratamento e medidas para melhoria da qualidade de vida, e por vezes, que o HIV é a mesma coisa da AIDS, o que suscita sua incompreensão acerca desta comorbidade. Atrelado a estes aspectos, cabe ressaltar ainda a carência de informações que são destinadas ao público idoso, no tangente ao HIV/AIDS, sexo, sexualidade, prevenção de IST, preconceito, uso de preservativos, de medicamentos estimulantes da ereção e outros, sendo necessária a abordagem a este público, a fim de favorecer a melhoria da qualidade de vida, sua visibilidade e a promoção da saúde sexual dos mesmos.