O envelhecimento produz impacto direto nos serviços de saúde, visto que a população idosa apresenta maior vulnerabilidade na doença e na permanência hospitalar. A Pandemia do COVID-19, tem registrado elevadas taxas de morbimortalidade em indivíduos idosos, pelo coronavírus, bem como pelas comorbidades prévias (Brasil, 2020). Os serviços de saúde estão em adaptação da nova demanda de saúde da população idosa. O presente estudo visa comparar o perfil epidemiológico das internações em idosos no período pré e pós pandêmico. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, retrospectivo e documental, realizado na unidade de clínica médica de um hospital de ensino de Campina Grande-PB, com recorte temporal de março à julho dos anos de 2019 e 2020. Para determinar o tamanho da amostra utilizou-se o método probabilístico pelo software Epi Info 6.0. A amostra foi composta de 105 prontuários, com tolerância de 5% de erro, grau de confiança de 96% e proporção da característica de interesse na população de 0,5. A maioria das internações ocorreu entre idosos do sexo masculino (61%) em ambos os períodos, a faixa etária mais prevalente em 2019 foi 60 a 69 anos (57%) e 70 a 79 anos (59,1%) em 2020. As principais causas das internações em 2019 foram doenças hepáticas (35%) e endocrinológicas (23%). E doenças hepáticas (39%) e neoplasias (36%) em 2020. A taxa de necessidade de UTI foi 17,8% para 2019 e 15,2% para 2020. A taxa de mortalidade entre os idosos hospitalizados foi mais prevalente em 2020 (68,4%). Percebe-se que o isolamento social impactou no diagnóstico precoce, no acompanhamento e desfecho das doenças, promovendo novas demandas. Dessa forma, o conhecimento dos aspectos epidemiológicos das hospitalizações torna-se instrumento relevante para o planejamento das ações de saúde, a fim de intervir no processo saúde-doença, bem como encontrar métodos eficientes que promovam uma assistência de qualidade.