A dengue é uma doença infecciosa, aguda, sistêmica, de etiologia viral, que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos, sendo a arbovirose mais prevalente em todo o mundo. No Brasil, é uma doença endêmica com recorrentes epidemias. Em idosos, pode evoluir com maior frequência para quadros mais graves, haja vista a associação do quadro viral com outras doenças crônicas mais prevalentes nessa faixa etária. Objetivou-se descrever o perfil clínico e epidemiológico dos casos suspeitos de dengue notificados no Estado da Paraíba no período de 2017 a 2021. Tratou-se de um estudo com delineamento ecológico no qual o Estado da Paraíba foi utilizado como unidades de análise. Os dados referentes ao período de 2017 a 2021 foram extraídos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, através do aplicativo Tabnet. A descrição das variáveis do estudo deu-se por meio de freqüências relativas e absolutas. Foram notificados nesse período um total de 57.092 casos suspeitos de dengue, destes 4.455 (7,8%) entre idosos. Houve predomínio de casos entre idosos do sexo feminino, com registro de 2762 (61,99%) nesse grupo. 2021 foi o ano em se observou o maior número de notificações, para a faixa etária estudada. Notou-se queda abrupta no número de notificações no ano de 2020. Foram registradas 2.900 hospitalizações para o agravo, sendo 282 (9,72%) entre idosos. O critério diagnóstico mais utilizado foi o clínico-epidemiológico, sendo registrados 2.270 (50,95%) casos sob esse critério. Concluiu-se que ações de educação em saúde são indispensáveis para a prevenção da doença e para o controle de epidemias, além disso, é necessário conscientizar as equipes para o correto preenchimento das fichas de notificações, haja vista que o fornecimento de informações confiáveis são indispensáveis para a formulação de políticas de enfrentamento ao problema.