BEZERRA, Kalyne Araújo. Violência autoprovocada em idosos no nordeste brasileiro. Anais do IX CIEH... Campina Grande: Realize Editora, 2022. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/86736>. Acesso em: 21/11/2024 19:08
Introdução: A violência autoprovocada compreende comportamentos suicidas, como ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio, e de autoagressão que podem ser influenciados por fatores pessoais, sociais, psicológicas, culturais, biológicas e ambientais. Objetivo: Identificar o perfil dos idosos que praticaram violência autoprovocada no Nordeste. Método: Estudo transversal e retrospectivo, de caráter descritivo e de abordagem quantitativa realizado com base nos dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação considerando o ano de 2021 e a faixa etária de 60 anos ou mais referente às notificações de violência autoprovocada no Nordeste. Os dados foram organizados em planilha no Excel 2019 e analisados com estatística descritiva simples. Resultados: Foram notificados 2.832 casos de violência autoprovocada em idosos com 60 anos ou mais. Destes, 4,69% notificações adviram do Maranhão, Piauí (3,95%), Ceará (13,34%), Rio Grande do Norte (5,43%), Paraíba (3,21%), Pernambuco (40,43%), Alagoas (12,40%), Sergipe (2,82%) e Bahia (21,71%). Quanto a caracterização dos idosos, a maioria foi do sexo feminino (54,66%) e sexo masculino (45,33%); de cor/raça parda (75,03%), branca (10,80%), preta (5,61%), amarela (0,35%) e indígena (0,21%); 1ª a 4ª série incompleta do ensino fundamental (9,71%), analfabeto (7,45%), ensino médio completo (3,70%), 4ª série completa do ensino fundamental (2,82%), ensino fundamental completo (2,68%), 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental (2,61%), ensino médio incompleto (1,05%), educação superior completa (0,95%), educação superior incompleta (0,31%). No que concerne às características do ato, a maioria aconteceu em via pública (9,07%), seguido de comércio/serviços (1,16%), habitação coletiva (0,81%), bar/similar (0,70%), escola (0,17%) e local de prática esportiva (0,07%); em relação ao método utilizado, 23,19% utilizaram a força corporal ou espancamento, 2,57% enforcamento, 4,48% objetos contundentes, 8,65% objetos perfurocortantes, 0,56% objetos ou substâncias quentes, 5,47% envenenamento, 4,02% arma de fogo e 12,39% estavam sob suspeita de uso de álcool na realização do ato de violência.