Na atualidade enfrentamos uma pandemia causada pelo novo vírus do corona, que apresentou um índice de mortalidade e contágio de grande escala. Sendo assim, para minimizar os impactos epidemiológicos, medidas de biossegurança foram tomadas. O lockdown foi a medida que mais restringiu a liberdade das pessoas, diminuindo o número pessoas e transportes circulantes, porém, à medida que se flexibilizava as restrições, houve um aumento de ciclistas e de usuários de transporte individual. Os acidentes traumáticos de trânsito tendem a ter mais de uma vítima, sendo estas, muitas vezes, crianças ou idosos. Este segundo grupo etário muitas vezes, também, é o causador dos acidentes, seja como condutor ou pedestre, devido às limitações de visão, sensibilidade ou de tempo resposta causadas pelo processo de envelhecimento. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e temporal com dados secundários referentes às internações hospitalares por causas externas em idosos no Brasil, obtidos em abril de 2022 no site do DATASUS- Tabnet - Sistema de Informações Hospitalares, período de 2018 a 2021, com as variáveis V01-V99 (acidentes de transporte) e W00-X59 (outras causas externas de lesões acidentes), sexo, raça, faixa etária e regiões. Os resultados apontam uma tendência crescente no número de acidentes com idosos, sendo o pico em 2019, principalmente em negros na faixa de 60 a 64 anos residentes da região Nordeste, que respondeu pela maior índice de vítimas. Tal fenômeno é explicado pela vida mais ativa, independente e autônoma, que esse grupo de idosos jovens experimenta. A vulnerabilidade social e econômica, excesso de velocidade, direção ofensiva, entre outros, são fatores determinantes para ocorrência de acidentes de trânsito, muitas vezes com vítimas fatais, por isso, engenharia e educação de trânsito devem ser implementadas.