De 1980 a 2020, foram registrados 40.283 mil casos de aids em idosos com mais de 60 anos no Brasil. O objetivo desse estudo é investigar o perfil epidemiológico dos casos de aids em idosos no período de 2010 a 2020. Estudo transversal, ecológico, descritivo com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Para a análise estatística descritiva utilizaram-se dados distribuídos por meio de planilhas da Microsoft Excel 2016 elaboradas pelo TABNET/DATASUS utilizando as seguintes variáveis: ano de notificação, sexo, escolaridade, categoria de exposição e região de residência. No período de 2010 a 2020, registrou-se um total de 23.656 mil casos de aids no Brasil nesta população. O país registrou uma média anual de 2.357 casos. O número de casos vem aumentando expressivamente desde 2010, onde neste ano havia 1.661 casos registrados e em 2019, 2.484 casos, o que corresponde a um incremento de 49,55%. Em todo o período, a taxa de detecção é maior no sexo masculino, chamando atenção para os anos de 2018 e 2019 onde o número de casos diagnosticados foram expressivamente maior para ambos os sexos. Com relação a categoria de exposição, o número mais expressivo encontra-se entre os autodeclarados heterossexuais, com 10.041 mil casos, seguido dos homossexuais com 815 casos. Neste período, há uma concentração nas regiões Sudeste e Sul, correspondendo respectivamente 41,12% e 24,83% dos casos. Diante dos dados, ressalta-se a necessidade de novos estudos que busquem evidenciar outras características epidemiológicas do HIV e aids neste seguimento populacional no país, aprimorando a assistência em saúde dessa população