O presente trabalho é oriundo da pesquisa de conclusão do curso de Licenciatura em Pedagogia, realizada em quatro escolas da Educação Básica da cidade de Irecê-Bahia, que teve como objeto de estudo a relação entre o Coordenador Pedagógico e o aluno Surdo. Para tanto, partiu-se do seguinte questionamento: Quais as contribuições do Coordenador Pedagógico na inclusão do aluno com Surdez diante das novas Politicas Públicas para a inclusão desses sujeitos na Educação Básica? E teve como objetivo principal analisar a relação entre Coordenador Pedagógico e a inclusão do aluno Surdo observando as Politicas Públicas para inclusão e as funções desempenhadas pelo Coordenador na Educação Básica, tendo como base teórica: Damázio (2007), Mantoan e Prieto (2006), Redondo e Carvalho (2000), Kasper e Loch (2008), Vieira (2008). Foi feita analise documental da legislação vigente referente aos direitos educacionais do aluno Surdo, analise do Projeto Politico Pedagógico a fim de compreender a proposta de inclusão da escola, além de entrevistas semiestruturadas com quatro Coordenadores da Educação Básica de diferentes escolas que atendem ou atenderam alunos surdos no período de 2012 a 2014 escolhidos da seguinte forma: um da Educação Infantil, dois do Ensino Fundamental e um do Ensino Médio, e com quatro alunos surdos um de cada escola. Por meio da entrevista procurou-se compreender a formação dos coordenadores, sua carga horária, suas funções, quanto tempo que exerce profissão, sua relação com os professores e alunos, sua qualificação para atender os alunos surdos, suas pretensões de formação com objetivo de traçar o perfil desses sujeitos. Quanto aos alunos Surdos procurou-se entender sua relação com a comunidade escolar (professores, colegas, equipe diretiva, funcionários, etc.), se a proposta educativa da escola atende as necessidades dele. Foram obtidos os seguintes resultados: todos os Coordenadores estão sobrecarregados de função, a maioria não está preparada para atender os alunos surdos, apenas um busca promover formação para os professores dos alunos Surdos, dois tem boa relação com professores e alunos, quanto alunos, apenas um diz receber boa educação, dois dizem sofrer preconceitos e um diz ser esquecido na sala, quanto a ao PPP e a escola, notou-se que apenas uma tem proposta de inclusão em seu PPP, as demais dizem que o PPP ainda está em formulação, apenas uma escola tem um interprete de LIBRAS e essa mesma escola é a única a possuir materiais adequados para facilitar o aprendizado do Surdo. A partir dos resultados foi traçado o perfil dos coordenadores e dos alunos, e a relação de ambos com a escola, foi comparado o obtido com o que os autores e a legislação dizem ser ideal e chegamos a conclusão que das escolas investigadas apenas uma possui estrutura básica e alguns professores capacitados. A sobrecarga de funções exercidas pelo coordenador desfavorece a busca por formação do mesmo e promoção de formação para os professores. A falta de conhecimentos do coordenador sobre as especificidades educacionais dos Surdos dificulta suas intervenções diante de alunos e professores. A maioria dos alunos mostra-se insatisfeita com a educação fornecida a eles.