O cinema como recurso didático em sala de aula constitui-se como uma oportunidade para os professores trabalharem com seus alunos, diversas temáticas correlacionadas com o conteúdo dado ou mesmo para mediar debates e discussões sobre determinado tema. Logo, compreendemos que o cinema não pode ser destituído do campo educacional, uma vez que, segundo Vieira e Rosso (2011, p. 548), o mesmo é considerado como “[...] um elemento que reproduz e atua na formação da cultura da sociedade”. A partir dessas considerações, este artigo tem como objetivo apresentar resultados de um trabalho desenvolvido em sala de aula do 2º ano, do ensino médio, cuja proposição está contida no projeto: Cinema e inclusão social: como a sétima arte interpreta o indivíduo com deficiência?, que teve como objetivo analisar como o cinema representa indivíduos com deficiência e como esse recurso pode ser utilizado como estratégia didática voltada para desmistificar preconceitos e tabus, bem como mudar as concepções de alunos envolvidos no projeto. Utilizamo-nos de uma metodologia atrelada a pesquisa bibliográfica e de campo, com aplicação de questionário pós-exibição do longa metragem brasileiro “Hoje eu quero voltar sozinho”, o qual põe em discussão questões como inclusão social da pessoa cega e homossexualidade. Como resultado, a partir das falas dos alunos, podemos indicar: o envolvimento e interesse do grupo pelo filme; a percepção de suas visões de mundo e suas concepções acerca das temáticas. Assim, concluímos que o referido filme é uma excelente estratégia didática a ser utilizada por professores em sala de aula.