Este estudo é parte da pesquisa em andamento (doutorado), do Programa de Pós- graduação em Educação da UFPE. O mesmo surgiu do interesse em compreender as representações sociais de Educação Inclusiva dos alunos dos cursos de Pedagogia de Instituições de Ensino Superior, públicas e privadas da região metropolitana de Recife-PE. Nesta investigação acadêmica, partimos do pressuposto que vivenciar experiências com pessoas com deficiência contribuem para a elaboração de representações sociais e para a construção de saberes experienciais inclusivos. Consideramos que compreender as representações sociais dos estudantes dos cursos de Pedagogia sobre pessoas com deficiência, permite a identificação dos sentidos atribuídos a essas pessoas, contribuindo para reflexões sobre a formação de professores para Educação Inclusiva. A partir do ano de 2002, foram matriculados na cidade do Recife/PE, nas dependências administrativas; estadual, federal, municipal e privada, 924 alunos da Educação Especial e segundo o Censo Escolar de 2010, o total de alunos da Educação Especial matriculados foi de 5.469 (INEP, 2011), consideramos esse aumento significativo, revelando que a formação de professores necessita ampliar o debate com relação às questões referentes à diversidade educacional. Trazemos reflexões sobre a formação de professores à luz das ideias de autores como; Zeichener (1993), Novóa (1991) e Alarcão (2001). Auxiliaram-nos na compreensão de Educação Inclusiva, autores como; Carvalho (1998), Mittler (2003) e González (2002). Elegemos por referencial de análise teórico-metodológica a Teoria das Representações Sociais (TRS) originada por Serge Moscovici e a Teoria do Núcleo Central (TNC) iniciada por Jean-Claude Abric. Para a coleta e geração dos dados utilizaremos associação livre de palavras e entrevista semi-estruturada. Para analisarmos os dados da entrevista, utilizaremos a análise categorial (BARDIN, 2011) e o software EVOC para análise das associações livres. Realizamos um estudo piloto, com o objetivo de validar os instrumentos e verificar a adequação dos procedimentos de coleta e análise que serão utilizados no estudo proposto. Participaram deste estudo, trinta estudantes iniciantes de cursos de Pedagogia e desse total, treze tinham tido experiências com pessoas com deficiência. E trinta estudantes concluintes de cursos de Pedagogia e desse total, vinte e nove tinham tido experiências com pessoas com deficiência. Nas nossas primeiras análises, evidenciamos que os alunos iniciantes apresentaram na maioria das suas evocações, palavras relacionadas ao modelo médico da deficiência e não representam princípios inclusivos, como por exemplo; especial e dificuldade. Enquanto os alunos concluintes apresentaram na maioria das suas evocações, palavras relacionadas ao modelo social da deficiência, como por exemplo; pessoa e capaz, e representam princípios inclusivos. Esperamos compreender essas representações, com o propósito de contribuir para as discussões sobre a formação de professores, em tempos de Educação Inclusiva, e acreditamos que o nosso trabalho poderá contribuir para uma reflexão de que a proclamada universalização da educação para todos venha a ser realmente para todos e de qualidade.