Artigo E-book VIII ENALIC

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ISBN: 978-65-86901-58-0

GÊNERO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Palavra-chaves: GÊNERO, FORMAÇÃO DE PROFESSORES, EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR, , Comunicação Oral (CO) ET 08: Formação inicial e continuada de professores
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AS INTERVENÇÕES NAS TRÊS DISCIPLINAS SEGUEM UM PERCURSO EM COMUM: A) SONDAGEM DAS DIFICULDADES E EXPECTATIVAS DOS ALUNOS; B) IDENTIFICAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE O TEMA E SUAS DEFINIÇÕES; C) CONCEITUAÇÕES, HISTÓRICO E DISCUSSÕES SOBRE A SUPOSTA “IDEOLOGIA DE GÊNERO”; D) ESTUDOS DE CASO (LEVANTAMENTO DE VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS, E ANÁLISES SITUACIONAIS); E E) PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÃO (ORGANIZAÇÃO DE UM PLANO DE AULA). PARA ESTE RECORTE, SERÁ RELATADO MAIS ESPECIFICAMENTE O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES NA TURMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA. COMO UMA PRIMEIRA ATIVIDADE, APUROU-SE AS PERCEPÇÕES DOS ALUNOS E AS EXPERIÊNCIAS COM A TEMÁTICA,  NA FORMAÇÃO SUPERIOR E NA EDUCAÇÃO BÁSICA, COM APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO ONLINE, COMPOSTO POR PERGUNTAS ABERTAS E FECHADAS. COM BASE NOS DADOS COLETADOS, EVIDENCIOU-SE A INSEGURANÇA DOS ALUNOS QUANTO À ABORDAGEM E AO DOMÍNIO DO TEMA, AO MESMO TEMPO EM QUE DEMONSTRARAM INTERESSE PELO ASSUNTO E CONSIDERARAM COMO UM TÓPICO IMPORTANTE DE SER DEBATIDO NA FORMAÇÃO SUPERIOR, ESPECIALMENTE, POIS GRANDE PARTE DOS PARTICIPANTES TIVERAM POUCA OU NENHUMA DISCUSSÃO SOBRE GÊNERO DURANTE A EDUCAÇÃO BÁSICA. AS EXPECTATIVAS QUANTO AO PROJETO FORAM DIRECIONADAS PRINCIPALMENTE AO APRENDIZADO DE TERMOS E CONCEITOS E DE ESTRATÉGIAS PARA ABORDAR O TEMA NO AMBIENTE ESCOLAR, A FIM DE TORNÁ-LO MAIS ACOLHEDOR E INCLUSIVO PARA TODOS OS ALUNOS. A PARTIR DESTE QUESTIONÁRIO, AS INTERVENÇÕES VISARAM  PROPICIAR E GERAR DEBATES E DISCUSSÕES ACERCA DO ASSUNTO. CONTOU-SE COM MOMENTOS INICIAIS, CONDUZIDOS PELO DOCENTE DAS DISCIPLINAS, COM SENSIBILIZAÇÕES A RESPEITO DO TEMA E DISCUSSÕES SOBRE AS INTERVENÇÕES A SEREM REALIZADAS. A PRIMEIRA ATIVIDADE SOLICITADA FOI QUE OS ALUNOS RESPONDESSEM EM POUCAS PALAVRAS À PERGUNTA “O QUE É GÊNERO?”, FORMANDO UM MAPA DE PALAVRAS. FORAM REALIZADAS, EM DIFERENTES AULAS, DISCUSSÕES MOTIVADAS POR CHARGES OU SITUAÇÕES QUE SURGIAM EM SALA. ESSAS SENSIBILIZAÇÕES MOSTRARAM-SE DE EXTREMA IMPORTÂNCIA, À MEDIDA EM QUE PROPORCIONARAM MOMENTOS NOS QUAIS OS DISCENTES PUDERAM TER UM CONTATO CONTÍNUO COM O TEMA, REALIZANDO ANÁLISES E INICIANDO CONVERSAS A RESPEITO DOS TÓPICOS LEVANTADOS. NA PRIMEIRA INTERVENÇÃO FOI SOLICITADO QUE OS ALUNOS RESPONDESSEM INDIVIDUALMENTE À PERGUNTA “O QUE É GÊNERO?”, TENDO COMO OBJETIVO CRIAR UM ESPAÇO NO QUAL SE SENTISSEM À VONTADE PARA TRAZEREM SUAS NOÇÕES PRÉVIAS ACERCA DO CONCEITO. DEPOIS FOI SOLICITADO QUE CONSTRUÍSSEM UMA RESPOSTA COLETIVA, EM GRUPOS, VISANDO A TROCA DE IDEIAS E REFLEXÕES COM OS DEMAIS ALUNOS, MONTADOS DE MODO ALEATÓRIO, PARA QUE, ENTÃO, COMPARTILHASSEM COM A TURMA AS IDEIAS DISCORRIDAS. AS CONVERSAS FORAM MARCADAS POR POUCAS DIVERGÊNCIAS E RELATOS DE DIFICULDADES COM DIFERENÇAS GERACIONAIS, ENTRETANTO A MAIORIA DAS RESPOSTAS CONVERGIRAM PARA A IDEIA DE GÊNERO COMO UMA “CONSTRUÇÃO SOCIAL”, COM DEFINIÇÕES E PAPÉIS SOCIAIS DE HOMENS E MULHERES.  NA REALIZAÇÃO DAS ETAPAS ANTERIORES, FOI NOTADA A NECESSIDADE DE UMA ABORDAGEM INICIAL MAIS CONCEITUAL. PARA TAL, FOI UTILIZADO, PRINCIPALMENTE, O REFERENCIAL DE JOAN SCOTT (1989) E RACHEL SOIHET E JOANA MARIA PEDRO (2007). COMO CONTINUAÇÃO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA SOBRE O QUE É GÊNERO, REALIZOU-SE: A) A CONCEITUAÇÃO DE TERMOS COMO GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL, SEXO BIOLÓGICO E SEXUALIDADE; B) UM BREVE HISTÓRICO DA DISCUSSÃO SOBRE GÊNERO E HISTÓRIA DAS MULHERES; E C) DISCUSSÃO SOBRE O TEMA DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO” E SUA RELAÇÃO COM AS REDES SOCIAIS. FORAM SUSCITADAS QUESTÕES COMO: A) O QUE É A IDEOLOGIA DE GÊNERO E DISCURSOS ANTI-GÊNERO; B) O DISCURSO DE ÓDIO PRESENTE DENTRO E FORA DAS REDES SOCIAIS; C) A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE E A UTILIZAÇÃO DAS PAUTAS LGBTQIA+ PELAS EMPRESAS; E D) A INFLUÊNCIA DESTES DISCURSOS E A DIFICULDADE DE LIDAR COM A PAUTA DE GÊNERO NO AMBIENTE ESCOLAR. AO FIM DESSA DISCUSSÃO, FOI SOLICITADO QUE REFLETISSEM E ENVIASSEM SITUAÇÕES VIVENCIADAS NA VIDA ESCOLAR QUE ENVOLVESSEM AS QUESTÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE, COM SITUAÇÕES DIRETAMENTE RELACIONADAS COM AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. NA INTERVENÇÃO SEGUINTE, OS LICENCIANDOS REALIZARAM, EM GRUPOS, A ANÁLISE DE ALGUNS DOS CASOS (DISPONIBILIZADOS DE MANEIRA ANÔNIMA) PARA QUE ELABORASSEM QUAIS SERIAM SEUS MEIOS DE AÇÃO E INTERVENÇÕES PERANTE AS SITUAÇÕES APRESENTADAS. 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OS OBJETIVOS PRINCIPAIS DAS ATIVIDADES DO PROJETO E, EM ESPECIAL DOS ESTUDOS DE CASO, SÃO IDENTIFICAR A MANEIRA COMO AS QUESTÕES DE GÊNERO SE APRESENTAM NA SOCIEDADE E NO CONTEXTO ESCOLAR E PENSAR EM POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO PERANTE ESSAS SITUAÇÕES. DESSA MANEIRA, NA PERSPECTIVA DE APROXIMAR OS CONTEÚDOS DISCUTIDOS COM SITUAÇÕES DE INTERVENÇÃO E CONSIDERANDO O CONTEXTO DE ISOLAMENTO SOCIAL, A PRÓXIMA ETAPA DO TRABALHO CONSISTIRÁ NA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AULA NOS QUAIS AS SITUAÇÕES DE GÊNERO SE FAÇAM PRESENTES. DENTRO DA COMPREENSÃO DE QUE ESSAS QUESTÕES APARECEM COMO CONTEÚDO DE AULA, MAS PRINCIPALMENTE DE MANEIRA TRANSVERSAL EM DINÂMICAS ESCOLARES, PENSAR EM ESTRATÉGIAS PARA ABORDAR O TEMA DENTRO DE AULA SÃO AÇÕES URGENTES. JUNTO À ELABORAÇÃO DO PLANO, OS ALUNOS DEVERÃO GRAVAR, TAMBÉM, UM VÍDEO EXPLICANDO ESSE PROCESSO DE CONSTRUÇÃO (ESTRATÉGIAS, JUSTIFICATIVA DAS ESCOLHAS, DIFICULDADES ENCONTRADAS) E OUTRO COM UM PEQUENO RECORTE DO QUE FOI PLANEJADO, SIMULANDO UMA SITUAÇÃO DE AULA. A DISCUSSÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE SE MOSTRA NECESSÁRIA NO ESPAÇO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, UMA VEZ QUE ELA PERPASSA O COTIDIANO ESCOLAR, ALGO QUE FICOU BASTANTE EVIDENTE DURANTE AS INTERVENÇÕES REALIZADAS A PARTIR DAS DIVERSAS EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS."
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          N&oacute;s passarinhos, eles passar&atilde;o: esperan&ccedil;ar, agir e resistir na forma&ccedil;&atilde;o de professores.<br />\r\n
          <br />\r\n
          A pandemia se imp&ocirc;s ao mundo. Desde o in&iacute;cio de 2020, temos a cada dia um fato novo, uma nova realidade. Doen&ccedil;a, mortes e p&acirc;nico foram ceifando vidas, sonhos e trabalho. Perdas talvez seja a palavra que melhor expresse esse per&iacute;odo!<br />\r\n
          <br />\r\n
          Para a educa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi diferente. Escolas fechadas, docentes e estudantes em atividades remotas. A maioria sem condi&ccedil;&otilde;es materiais e emocionais para enfrentar a nova situa&ccedil;&atilde;o. O preju&iacute;zo pedag&oacute;gico &eacute; imenso com retrocessos inevit&aacute;veis frente &agrave;s omissas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e o genoc&iacute;dio do povo brasileiro. Demorou um tempo, mas a sociedade come&ccedil;ou a reagir e a enfrentar os problemas.<br />\r\n
          <br />\r\n
          &Eacute; nesse contexto de perdas de vidas e retrocessos sociais que o VIII ENALIC, o VII Semin&aacute;rio Nacional do PIBID e o II Semin&aacute;rio Nacional da Resid&ecirc;ncia Pedag&oacute;gica foram realizados de 07 a 11 de dezembro de 2021, de modo online. Sem condi&ccedil;&otilde;es de realiza&ccedil;&atilde;o em 2020, a necessidade de efetivar esse conjunto de eventos &eacute; inadi&aacute;vel. Mais do que nunca, o di&aacute;logo entre professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e formadores, estudantes, pesquisadores, p&oacute;s-graduandos e demais profissionais da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; urgente para discutir estrat&eacute;gias de luta, socializar conhecimentos e viv&ecirc;ncias, que municie o enfrentamento das pol&iacute;ticas neoliberais que se impuseram com maior for&ccedil;a na educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o s&atilde;o poucas as quest&otilde;es a serem debatidas: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Curricular-Forma&ccedil;&atilde;o de Professores, a Reforma do Ensino M&eacute;dio e seus &ldquo;novos&rdquo; itiner&aacute;rios, o corte no financiamento da educa&ccedil;&atilde;o com a EC n&ordm; 95/2016, bem como o impacto da pandemia, entre outros.<br />\r\n
          <br />\r\n
          A partir de debate com embasamento te&oacute;rico e de investiga&ccedil;&otilde;es recentes e relevantes, promovendo reflex&atilde;o atual e contextualizada de quest&otilde;es implicadas &agrave; forma&ccedil;&atilde;o inicial e continuada de professores da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, que esses eventos buscam contribuir com a luta geral em defesa da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, laica, gratuita, democr&aacute;tica e de qualidade socialmente referenciada para todos. Para tanto, ter&atilde;o em Paulo Freire, Patrono da Educa&ccedil;&atilde;o Brasileira, um pilar de resist&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Assim, convidamos a tod@s a participarem desse momento especial, mesmo que virtual, para juntarmos for&ccedil;a, reflex&atilde;o e energia para a luta!<br />\r\n
          &nbsp;<br />\r\n
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          N&oacute;s passarinhos, eles passar&atilde;o: esperan&ccedil;ar, agir e resistir na forma&ccedil;&atilde;o de professores.<br />\r\n
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          A pandemia se imp&ocirc;s ao mundo. Desde o in&iacute;cio de 2020, temos a cada dia um fato novo, uma nova realidade. Doen&ccedil;a, mortes e p&acirc;nico foram ceifando vidas, sonhos e trabalho. Perdas talvez seja a palavra que melhor expresse esse per&iacute;odo!<br />\r\n
          <br />\r\n
          Para a educa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi diferente. Escolas fechadas, docentes e estudantes em atividades remotas. A maioria sem condi&ccedil;&otilde;es materiais e emocionais para enfrentar a nova situa&ccedil;&atilde;o. O preju&iacute;zo pedag&oacute;gico &eacute; imenso com retrocessos inevit&aacute;veis frente &agrave;s omissas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e o genoc&iacute;dio do povo brasileiro. Demorou um tempo, mas a sociedade come&ccedil;ou a reagir e a enfrentar os problemas.<br />\r\n
          <br />\r\n
          &Eacute; nesse contexto de perdas de vidas e retrocessos sociais que o VIII ENALIC, o VII Semin&aacute;rio Nacional do PIBID e o II Semin&aacute;rio Nacional da Resid&ecirc;ncia Pedag&oacute;gica foram realizados de 07 a 11 de dezembro de 2021, de modo online. Sem condi&ccedil;&otilde;es de realiza&ccedil;&atilde;o em 2020, a necessidade de efetivar esse conjunto de eventos &eacute; inadi&aacute;vel. Mais do que nunca, o di&aacute;logo entre professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e formadores, estudantes, pesquisadores, p&oacute;s-graduandos e demais profissionais da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; urgente para discutir estrat&eacute;gias de luta, socializar conhecimentos e viv&ecirc;ncias, que municie o enfrentamento das pol&iacute;ticas neoliberais que se impuseram com maior for&ccedil;a na educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o s&atilde;o poucas as quest&otilde;es a serem debatidas: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Curricular-Forma&ccedil;&atilde;o de Professores, a Reforma do Ensino M&eacute;dio e seus &ldquo;novos&rdquo; itiner&aacute;rios, o corte no financiamento da educa&ccedil;&atilde;o com a EC n&ordm; 95/2016, bem como o impacto da pandemia, entre outros.<br />\r\n
          <br />\r\n
          A partir de debate com embasamento te&oacute;rico e de investiga&ccedil;&otilde;es recentes e relevantes, promovendo reflex&atilde;o atual e contextualizada de quest&otilde;es implicadas &agrave; forma&ccedil;&atilde;o inicial e continuada de professores da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, que esses eventos buscam contribuir com a luta geral em defesa da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, laica, gratuita, democr&aacute;tica e de qualidade socialmente referenciada para todos. Para tanto, ter&atilde;o em Paulo Freire, Patrono da Educa&ccedil;&atilde;o Brasileira, um pilar de resist&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Assim, convidamos a tod@s a participarem desse momento especial, mesmo que virtual, para juntarmos for&ccedil;a, reflex&atilde;o e energia para a luta!<br />\r\n
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                  Para a educa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi diferente. Escolas fechadas, docentes e estudantes em atividades remotas. A maioria sem condi&ccedil;&otilde;es materiais e emocionais para enfrentar a nova situa&ccedil;&atilde;o. O preju&iacute;zo pedag&oacute;gico &eacute; imenso com retrocessos inevit&aacute;veis frente &agrave;s omissas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e o genoc&iacute;dio do povo brasileiro. Demorou um tempo, mas a sociedade come&ccedil;ou a reagir e a enfrentar os problemas, embora a educa&ccedil;&atilde;o, mesmo sob as mais adversas condi&ccedil;&otilde;es, nunca ficou parada.<br />\r\n
                  &Eacute; nesse contexto de perdas de vidas e retrocessos sociais que o VIII ENALIC, o VII Semin&aacute;rio Nacional do PIBID e o II Semin&aacute;rio Nacional da Resid&ecirc;ncia Pedag&oacute;gica que s&atilde;o realizados de 07 a 11 de dezembro de 2021, de modo online, ap&oacute;s adiarmos sua realiza&ccedil;&atilde;o inicialmente prevista para 2020. Mais do que nunca, o di&aacute;logo entre professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e formadores, estudantes, pesquisadores, p&oacute;s-graduandos e demais profissionais da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; urgente para discutir estrat&eacute;gias de luta, socializar conhecimentos e viv&ecirc;ncias, que municie o enfrentamento das pol&iacute;ticas neoliberais que se impuseram com maior for&ccedil;a na educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o s&atilde;o poucas as quest&otilde;es debatidas: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Curricular-Forma&ccedil;&atilde;o de Professores, a Reforma do Ensino M&eacute;dio e seus &ldquo;novos&rdquo; itiner&aacute;rios, o corte no financiamento da educa&ccedil;&atilde;o com a EC n&ordm; 95/2016, bem como o impacto da pandemia, entre outros.<br />\r\n
                  A partir de debate com embasamento te&oacute;rico e de investiga&ccedil;&otilde;es recentes e relevantes, promovendo reflex&atilde;o atual e contextualizada de quest&otilde;es implicadas &agrave; forma&ccedil;&atilde;o inicial e continuada de professores da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, que esses eventos mais uma vez contribu&iacute;ram com a luta geral em defesa da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, laica, gratuita, democr&aacute;tica e de qualidade socialmente referenciada para todos, tendo em Paulo Freire, Patrono da Educa&ccedil;&atilde;o Brasileira, um pilar de resist&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Assim, convidamos a tod@s a lerem ebook do evento como continuidade do processo desencadeado em dezembro. Sem d&uacute;vidas, estaremos junt@s daqui a pouco, de modo presencial, para que a nossa energia seja cada vez mais revertida em organiza&ccedil;&atilde;o de luta dos docentes e licenciandos desse Brasil, que acreditam na educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, democr&aacute;tica, laica e de qualidade, socialmente referenciada para todos!<br />\r\n
                  Boa leitura!<br />\r\n
                  &nbsp;<br />\r\n
                  Nilson de Souza Cardoso<br />\r\n
                  Sueli Guadelupe de Lima Mendon&ccedil;a<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild Johann<br />\r\n
                  Jaqueline Rabelo de Lima<br />\r\n
                  Maio de 2022.<br />\r\n
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                  Ad&eacute;lia Maria Evangelista Azevedo (Unidades de Jardim- UEMS)<br />\r\n
                  Alana Cec&iacute;lia de Menezes Sobreira (UECE)<br />\r\n
                  Ana Maria Pereira Lima (UECE)<br />\r\n
                  Andr&eacute; Lu&iacute;s de Oliveira (Universidade Estadual de Maring&aacute;-UEM)<br />\r\n
                  Beatriz Fernanda Almeida da Silva (Unespar)<br />\r\n
                  Cl&aacute;udia In&ecirc;s Horn (UNIVATES)<br />\r\n
                  Claudia Maria Sallai Tanhoffer (UFPR)<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild (Universidade do Vale do Taquar&iacute; - Univates)<br />\r\n
                  Cristiane Maria Sampaio Forte (UECE)<br />\r\n
                  Desire Luciane Dominschek (Uninter/Unicamp)<br />\r\n
                  Douglas Eduardo Soares Pereira (Instituto Federal do Paran&aacute;)<br />\r\n
                  Eliane Matesco Cristov&atilde;o (UNIFEI)<br />\r\n
                  Elsio Jos&eacute; Cor&aacute; (UFFS)<br />\r\n
                  Fabiane Oleg&aacute;rio (UNIVATES)<br />\r\n
                  Fabr&iacute;cio Bonfim Sud&eacute;rio (UECE)<br />\r\n
                  Fernanda Silvia Veloso (UFPR)<br />\r\n
                  Flavia Sueli Fabiani Marcatto (UNIFEI)<br />\r\n
                  Gicele Maria Cervi (PUC - S&Atilde;O PAULO)<br />\r\n
                  Giselle Giovanna do Couto de Oliveira (IFPR)<br />\r\n
                  Gizeli Aparecida Ribeiro de Alencar (Universidade Estadual de Maring&aacute; - UEM)<br />\r\n
                  Iara Aquino (IFPR)<br />\r\n
                  Isabel Cristina Rodrigues (UEM)<br />\r\n
                  Jaqueline Rabelo de Lima (UECE)<br />\r\n
                  Jones Baroni Ferreira de Menezes (UECE)<br />\r\n
                  Jose Fernandes da Silva (IFMG)<br />\r\n
                  Karina Soledad Maldonado Molina (USP)<br />\r\n
                  Leandro Palcha (UFPR)<br />\r\n
                  Leila Cleuri Pryjma (IFPR)<br />\r\n
                  Lilian Cristina Buzato Ritter (UEM)<br />\r\n
                  Luc&eacute;lio Ferreira Simi&atilde;o (UEMS)<br />\r\n
                  Luciana Facchini (Instituto Superior de Educa&ccedil;&atilde;o Ivoti)<br />\r\n
                  Luiz Felipe Marques (Universidade Estadual do Paran&aacute;)<br />\r\n
                  M&aacute;rcia Elisa Tet&eacute; Ramos (UEM)<br />\r\n
                  Marcilene de Assis Alves Araujo (Universidade de Gurupi - UnirG)<br />\r\n
                  Maria Elisabete Bersch (UNIVATES)<br />\r\n
                  Maria M&aacute;rcia Melo de Castro Martins (UECE)<br />\r\n
                  Mariana Feiteiro Cavalari &nbsp;(UNESP - RIO CLARO)<br />\r\n
                  M&aacute;rio C&eacute;zar Amorim de Oliveira (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR&Aacute;)<br />\r\n
                  NO&Ecirc;MIA DOS SANTOS PEREIRA MOURA (UFGD)<br />\r\n
                  Raylson Francisco Nunes de Sousa (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR&Aacute;)<br />\r\n
                  Rosane de Fatima Batista Teixeira (IFPR)<br />\r\n
                  Sandra Regina D&rsquo; Antonio Verrengia (UEM)<br />\r\n
                  S&eacute;rgio Nunes Lopes (Universidade do Vale do Taquari - Univates)<br />\r\n
                  Sergio Vale da Paix&atilde;o (IFPR)<br />\r\n
                  T&acirc;nia Maria de Sousa Fran&ccedil;a (Universidade Estadual do Cear&aacute; - UECE)<br />\r\n
                  Thais Ludmila Da Silva Ranieri (UFRPE)<br />\r\n
                  Viviane Paula Martini (IFPR)<br />\r\n
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                  Para a educa&ccedil;&atilde;o n&atilde;o foi diferente. Escolas fechadas, docentes e estudantes em atividades remotas. A maioria sem condi&ccedil;&otilde;es materiais e emocionais para enfrentar a nova situa&ccedil;&atilde;o. O preju&iacute;zo pedag&oacute;gico &eacute; imenso com retrocessos inevit&aacute;veis frente &agrave;s omissas pol&iacute;ticas p&uacute;blicas e o genoc&iacute;dio do povo brasileiro. Demorou um tempo, mas a sociedade come&ccedil;ou a reagir e a enfrentar os problemas, embora a educa&ccedil;&atilde;o, mesmo sob as mais adversas condi&ccedil;&otilde;es, nunca ficou parada.<br />\r\n
                  &Eacute; nesse contexto de perdas de vidas e retrocessos sociais que o VIII ENALIC, o VII Semin&aacute;rio Nacional do PIBID e o II Semin&aacute;rio Nacional da Resid&ecirc;ncia Pedag&oacute;gica que s&atilde;o realizados de 07 a 11 de dezembro de 2021, de modo online, ap&oacute;s adiarmos sua realiza&ccedil;&atilde;o inicialmente prevista para 2020. Mais do que nunca, o di&aacute;logo entre professores da educa&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica e formadores, estudantes, pesquisadores, p&oacute;s-graduandos e demais profissionais da educa&ccedil;&atilde;o &eacute; urgente para discutir estrat&eacute;gias de luta, socializar conhecimentos e viv&ecirc;ncias, que municie o enfrentamento das pol&iacute;ticas neoliberais que se impuseram com maior for&ccedil;a na educa&ccedil;&atilde;o. N&atilde;o s&atilde;o poucas as quest&otilde;es debatidas: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a Base Nacional Curricular-Forma&ccedil;&atilde;o de Professores, a Reforma do Ensino M&eacute;dio e seus &ldquo;novos&rdquo; itiner&aacute;rios, o corte no financiamento da educa&ccedil;&atilde;o com a EC n&ordm; 95/2016, bem como o impacto da pandemia, entre outros.<br />\r\n
                  A partir de debate com embasamento te&oacute;rico e de investiga&ccedil;&otilde;es recentes e relevantes, promovendo reflex&atilde;o atual e contextualizada de quest&otilde;es implicadas &agrave; forma&ccedil;&atilde;o inicial e continuada de professores da Educa&ccedil;&atilde;o B&aacute;sica, que esses eventos mais uma vez contribu&iacute;ram com a luta geral em defesa da educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, laica, gratuita, democr&aacute;tica e de qualidade socialmente referenciada para todos, tendo em Paulo Freire, Patrono da Educa&ccedil;&atilde;o Brasileira, um pilar de resist&ecirc;ncia e inspira&ccedil;&atilde;o. Assim, convidamos a tod@s a lerem ebook do evento como continuidade do processo desencadeado em dezembro. Sem d&uacute;vidas, estaremos junt@s daqui a pouco, de modo presencial, para que a nossa energia seja cada vez mais revertida em organiza&ccedil;&atilde;o de luta dos docentes e licenciandos desse Brasil, que acreditam na educa&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, democr&aacute;tica, laica e de qualidade, socialmente referenciada para todos!<br />\r\n
                  Boa leitura!<br />\r\n
                  &nbsp;<br />\r\n
                  Nilson de Souza Cardoso<br />\r\n
                  Sueli Guadelupe de Lima Mendon&ccedil;a<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild Johann<br />\r\n
                  Jaqueline Rabelo de Lima<br />\r\n
                  Maio de 2022.<br />\r\n
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                  Sueli Guadelupe de Lima Mendon&ccedil;a<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild Johann<br />\r\n
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                  Ad&eacute;lia Maria Evangelista Azevedo (Unidades de Jardim- UEMS)<br />\r\n
                  Alana Cec&iacute;lia de Menezes Sobreira (UECE)<br />\r\n
                  Ana Maria Pereira Lima (UECE)<br />\r\n
                  Andr&eacute; Lu&iacute;s de Oliveira (Universidade Estadual de Maring&aacute;-UEM)<br />\r\n
                  Beatriz Fernanda Almeida da Silva (Unespar)<br />\r\n
                  Cl&aacute;udia In&ecirc;s Horn (UNIVATES)<br />\r\n
                  Claudia Maria Sallai Tanhoffer (UFPR)<br />\r\n
                  Cristiane Antonia Hauschild (Universidade do Vale do Taquar&iacute; - Univates)<br />\r\n
                  Cristiane Maria Sampaio Forte (UECE)<br />\r\n
                  Desire Luciane Dominschek (Uninter/Unicamp)<br />\r\n
                  Douglas Eduardo Soares Pereira (Instituto Federal do Paran&aacute;)<br />\r\n
                  Eliane Matesco Cristov&atilde;o (UNIFEI)<br />\r\n
                  Elsio Jos&eacute; Cor&aacute; (UFFS)<br />\r\n
                  Fabiane Oleg&aacute;rio (UNIVATES)<br />\r\n
                  Fabr&iacute;cio Bonfim Sud&eacute;rio (UECE)<br />\r\n
                  Fernanda Silvia Veloso (UFPR)<br />\r\n
                  Flavia Sueli Fabiani Marcatto (UNIFEI)<br />\r\n
                  Gicele Maria Cervi (PUC - S&Atilde;O PAULO)<br />\r\n
                  Giselle Giovanna do Couto de Oliveira (IFPR)<br />\r\n
                  Gizeli Aparecida Ribeiro de Alencar (Universidade Estadual de Maring&aacute; - UEM)<br />\r\n
                  Iara Aquino (IFPR)<br />\r\n
                  Isabel Cristina Rodrigues (UEM)<br />\r\n
                  Jaqueline Rabelo de Lima (UECE)<br />\r\n
                  Jones Baroni Ferreira de Menezes (UECE)<br />\r\n
                  Jose Fernandes da Silva (IFMG)<br />\r\n
                  Karina Soledad Maldonado Molina (USP)<br />\r\n
                  Leandro Palcha (UFPR)<br />\r\n
                  Leila Cleuri Pryjma (IFPR)<br />\r\n
                  Lilian Cristina Buzato Ritter (UEM)<br />\r\n
                  Luc&eacute;lio Ferreira Simi&atilde;o (UEMS)<br />\r\n
                  Luciana Facchini (Instituto Superior de Educa&ccedil;&atilde;o Ivoti)<br />\r\n
                  Luiz Felipe Marques (Universidade Estadual do Paran&aacute;)<br />\r\n
                  M&aacute;rcia Elisa Tet&eacute; Ramos (UEM)<br />\r\n
                  Marcilene de Assis Alves Araujo (Universidade de Gurupi - UnirG)<br />\r\n
                  Maria Elisabete Bersch (UNIVATES)<br />\r\n
                  Maria M&aacute;rcia Melo de Castro Martins (UECE)<br />\r\n
                  Mariana Feiteiro Cavalari &nbsp;(UNESP - RIO CLARO)<br />\r\n
                  M&aacute;rio C&eacute;zar Amorim de Oliveira (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR&Aacute;)<br />\r\n
                  NO&Ecirc;MIA DOS SANTOS PEREIRA MOURA (UFGD)<br />\r\n
                  Raylson Francisco Nunes de Sousa (UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR&Aacute;)<br />\r\n
                  Rosane de Fatima Batista Teixeira (IFPR)<br />\r\n
                  Sandra Regina D&rsquo; Antonio Verrengia (UEM)<br />\r\n
                  S&eacute;rgio Nunes Lopes (Universidade do Vale do Taquari - Univates)<br />\r\n
                  Sergio Vale da Paix&atilde;o (IFPR)<br />\r\n
                  T&acirc;nia Maria de Sousa Fran&ccedil;a (Universidade Estadual do Cear&aacute; - UECE)<br />\r\n
                  Thais Ludmila Da Silva Ranieri (UFRPE)<br />\r\n
                  Viviane Paula Martini (IFPR)<br />\r\n
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Publicado em 05 de abril de 2022

Resumo

AS QUESTÕES E DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE DENTRO DA EDUCAÇÃO REPRESENTAM DISCUSSÕES QUE TÊM GANHADO CADA VEZ MAIS ESPAÇO NA SOCIEDADE, AINDA QUE MARCADAS PELO PRECONCEITO E PELA DESINFORMAÇÃO. ESTE TRABALHO É UM RECORTE DE UM PROJETO EM DESENVOLVIMENTO COM A FINALIDADE DE DISCUTIR E ENTENDER COMO A TEMÁTICA SE ARTICULA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES, E PRETENDE RELATAR E ANALISAR PARTE DAS AÇÕES REALIZADAS DURANTE O ANO DE 2021. O PROJETO FAZ PARTE DOS CONSÓRCIOS ACADÊMICOS PARA A EXCELÊNCIA DO ENSINO DE GRADUAÇÃO (CAEG), DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP), BRASIL, E TEM APROVAÇÃO NO COMITÊ DE ÉTICA 51517421.0.0000.5391. CONFIGURA-SE COMO UMA AÇÃO INOVADORA DENTRO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, QUE BUSCA ARTICULAR OS CONHECIMENTOS DE MANEIRA TRANSDISCIPLINAR, ENVOLVENDO OS CURSOS DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA, MATEMÁTICA E PEDAGOGIA DA UNIVERSIDADE. AS INTERVENÇÕES NAS TRÊS DISCIPLINAS SEGUEM UM PERCURSO EM COMUM: A) SONDAGEM DAS DIFICULDADES E EXPECTATIVAS DOS ALUNOS; B) IDENTIFICAÇÃO DA PERCEPÇÃO DOS ALUNOS SOBRE O TEMA E SUAS DEFINIÇÕES; C) CONCEITUAÇÕES, HISTÓRICO E DISCUSSÕES SOBRE A SUPOSTA “IDEOLOGIA DE GÊNERO”; D) ESTUDOS DE CASO (LEVANTAMENTO DE VIVÊNCIAS E EXPERIÊNCIAS, E ANÁLISES SITUACIONAIS); E E) PLANEJAMENTO DE INTERVENÇÃO (ORGANIZAÇÃO DE UM PLANO DE AULA). PARA ESTE RECORTE, SERÁ RELATADO MAIS ESPECIFICAMENTE O DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES NA TURMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA. COMO UMA PRIMEIRA ATIVIDADE, APUROU-SE AS PERCEPÇÕES DOS ALUNOS E AS EXPERIÊNCIAS COM A TEMÁTICA, NA FORMAÇÃO SUPERIOR E NA EDUCAÇÃO BÁSICA, COM APLICAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO ONLINE, COMPOSTO POR PERGUNTAS ABERTAS E FECHADAS. COM BASE NOS DADOS COLETADOS, EVIDENCIOU-SE A INSEGURANÇA DOS ALUNOS QUANTO À ABORDAGEM E AO DOMÍNIO DO TEMA, AO MESMO TEMPO EM QUE DEMONSTRARAM INTERESSE PELO ASSUNTO E CONSIDERARAM COMO UM TÓPICO IMPORTANTE DE SER DEBATIDO NA FORMAÇÃO SUPERIOR, ESPECIALMENTE, POIS GRANDE PARTE DOS PARTICIPANTES TIVERAM POUCA OU NENHUMA DISCUSSÃO SOBRE GÊNERO DURANTE A EDUCAÇÃO BÁSICA. AS EXPECTATIVAS QUANTO AO PROJETO FORAM DIRECIONADAS PRINCIPALMENTE AO APRENDIZADO DE TERMOS E CONCEITOS E DE ESTRATÉGIAS PARA ABORDAR O TEMA NO AMBIENTE ESCOLAR, A FIM DE TORNÁ-LO MAIS ACOLHEDOR E INCLUSIVO PARA TODOS OS ALUNOS. A PARTIR DESTE QUESTIONÁRIO, AS INTERVENÇÕES VISARAM PROPICIAR E GERAR DEBATES E DISCUSSÕES ACERCA DO ASSUNTO. CONTOU-SE COM MOMENTOS INICIAIS, CONDUZIDOS PELO DOCENTE DAS DISCIPLINAS, COM SENSIBILIZAÇÕES A RESPEITO DO TEMA E DISCUSSÕES SOBRE AS INTERVENÇÕES A SEREM REALIZADAS. A PRIMEIRA ATIVIDADE SOLICITADA FOI QUE OS ALUNOS RESPONDESSEM EM POUCAS PALAVRAS À PERGUNTA “O QUE É GÊNERO?”, FORMANDO UM MAPA DE PALAVRAS. FORAM REALIZADAS, EM DIFERENTES AULAS, DISCUSSÕES MOTIVADAS POR CHARGES OU SITUAÇÕES QUE SURGIAM EM SALA. ESSAS SENSIBILIZAÇÕES MOSTRARAM-SE DE EXTREMA IMPORTÂNCIA, À MEDIDA EM QUE PROPORCIONARAM MOMENTOS NOS QUAIS OS DISCENTES PUDERAM TER UM CONTATO CONTÍNUO COM O TEMA, REALIZANDO ANÁLISES E INICIANDO CONVERSAS A RESPEITO DOS TÓPICOS LEVANTADOS. NA PRIMEIRA INTERVENÇÃO FOI SOLICITADO QUE OS ALUNOS RESPONDESSEM INDIVIDUALMENTE À PERGUNTA “O QUE É GÊNERO?”, TENDO COMO OBJETIVO CRIAR UM ESPAÇO NO QUAL SE SENTISSEM À VONTADE PARA TRAZEREM SUAS NOÇÕES PRÉVIAS ACERCA DO CONCEITO. DEPOIS FOI SOLICITADO QUE CONSTRUÍSSEM UMA RESPOSTA COLETIVA, EM GRUPOS, VISANDO A TROCA DE IDEIAS E REFLEXÕES COM OS DEMAIS ALUNOS, MONTADOS DE MODO ALEATÓRIO, PARA QUE, ENTÃO, COMPARTILHASSEM COM A TURMA AS IDEIAS DISCORRIDAS. AS CONVERSAS FORAM MARCADAS POR POUCAS DIVERGÊNCIAS E RELATOS DE DIFICULDADES COM DIFERENÇAS GERACIONAIS, ENTRETANTO A MAIORIA DAS RESPOSTAS CONVERGIRAM PARA A IDEIA DE GÊNERO COMO UMA “CONSTRUÇÃO SOCIAL”, COM DEFINIÇÕES E PAPÉIS SOCIAIS DE HOMENS E MULHERES. NA REALIZAÇÃO DAS ETAPAS ANTERIORES, FOI NOTADA A NECESSIDADE DE UMA ABORDAGEM INICIAL MAIS CONCEITUAL. PARA TAL, FOI UTILIZADO, PRINCIPALMENTE, O REFERENCIAL DE JOAN SCOTT (1989) E RACHEL SOIHET E JOANA MARIA PEDRO (2007). COMO CONTINUAÇÃO DA CONSTRUÇÃO COLETIVA SOBRE O QUE É GÊNERO, REALIZOU-SE: A) A CONCEITUAÇÃO DE TERMOS COMO GÊNERO, ORIENTAÇÃO SEXUAL, SEXO BIOLÓGICO E SEXUALIDADE; B) UM BREVE HISTÓRICO DA DISCUSSÃO SOBRE GÊNERO E HISTÓRIA DAS MULHERES; E C) DISCUSSÃO SOBRE O TEMA DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO” E SUA RELAÇÃO COM AS REDES SOCIAIS. FORAM SUSCITADAS QUESTÕES COMO: A) O QUE É A IDEOLOGIA DE GÊNERO E DISCURSOS ANTI-GÊNERO; B) O DISCURSO DE ÓDIO PRESENTE DENTRO E FORA DAS REDES SOCIAIS; C) A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE E A UTILIZAÇÃO DAS PAUTAS LGBTQIA+ PELAS EMPRESAS; E D) A INFLUÊNCIA DESTES DISCURSOS E A DIFICULDADE DE LIDAR COM A PAUTA DE GÊNERO NO AMBIENTE ESCOLAR. AO FIM DESSA DISCUSSÃO, FOI SOLICITADO QUE REFLETISSEM E ENVIASSEM SITUAÇÕES VIVENCIADAS NA VIDA ESCOLAR QUE ENVOLVESSEM AS QUESTÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE, COM SITUAÇÕES DIRETAMENTE RELACIONADAS COM AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA. NA INTERVENÇÃO SEGUINTE, OS LICENCIANDOS REALIZARAM, EM GRUPOS, A ANÁLISE DE ALGUNS DOS CASOS (DISPONIBILIZADOS DE MANEIRA ANÔNIMA) PARA QUE ELABORASSEM QUAIS SERIAM SEUS MEIOS DE AÇÃO E INTERVENÇÕES PERANTE AS SITUAÇÕES APRESENTADAS. A CONTINUAÇÃO DESSA ATIVIDADE FOI FEITA POR MEIO DA APRESENTAÇÃO DE DOIS CASOS, UM DE ASSÉDIO E OUTRO COM A TEMÁTICA MULHERES, FUTEBOL E PRECONCEITO, ENVOLVENDO A LEITURA E ANÁLISE DE AMBOS E SUGERINDO, DE FORMA INDIVIDUAL, INTERVENÇÕES POSSÍVEIS E MEIOS DE AÇÃO ESTANDO NO PAPEL DE PROFESSOR DOS CASOS APRESENTADOS. MUITAS DAS PROPOSTAS E INTERVENÇÕES TRAZIDAS PELOS DISCENTES RELACIONARAM-SE, PRINCIPALMENTE, COM AS ATITUDES DOS PROFESSORES NAS ESCOLAS PARA A ORGANIZAÇÃO DE DINÂMICAS DE AULA E ATIVIDADES INCLUSIVAS, RODAS DE CONVERSAS (COM ALUNOS, FAMILIARES E COMUNIDADE), ABERTURA DE ESPAÇOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, AÇÕES PONTUAIS E A LONGO PRAZO, ALÉM DE CONVERSAS COM OUTROS PROFESSORES, COORDENAÇÃO, DIREÇÃO E ATÉ MEIOS LEGAIS PARA DENUNCIAR TAIS ATITUDES, SOBRETUDO EM CASOS DE ASSÉDIO. OS OBJETIVOS PRINCIPAIS DAS ATIVIDADES DO PROJETO E, EM ESPECIAL DOS ESTUDOS DE CASO, SÃO IDENTIFICAR A MANEIRA COMO AS QUESTÕES DE GÊNERO SE APRESENTAM NA SOCIEDADE E NO CONTEXTO ESCOLAR E PENSAR EM POSSIBILIDADES DE ATUAÇÃO PERANTE ESSAS SITUAÇÕES. DESSA MANEIRA, NA PERSPECTIVA DE APROXIMAR OS CONTEÚDOS DISCUTIDOS COM SITUAÇÕES DE INTERVENÇÃO E CONSIDERANDO O CONTEXTO DE ISOLAMENTO SOCIAL, A PRÓXIMA ETAPA DO TRABALHO CONSISTIRÁ NA ELABORAÇÃO DE PLANOS DE AULA NOS QUAIS AS SITUAÇÕES DE GÊNERO SE FAÇAM PRESENTES. DENTRO DA COMPREENSÃO DE QUE ESSAS QUESTÕES APARECEM COMO CONTEÚDO DE AULA, MAS PRINCIPALMENTE DE MANEIRA TRANSVERSAL EM DINÂMICAS ESCOLARES, PENSAR EM ESTRATÉGIAS PARA ABORDAR O TEMA DENTRO DE AULA SÃO AÇÕES URGENTES. JUNTO À ELABORAÇÃO DO PLANO, OS ALUNOS DEVERÃO GRAVAR, TAMBÉM, UM VÍDEO EXPLICANDO ESSE PROCESSO DE CONSTRUÇÃO (ESTRATÉGIAS, JUSTIFICATIVA DAS ESCOLHAS, DIFICULDADES ENCONTRADAS) E OUTRO COM UM PEQUENO RECORTE DO QUE FOI PLANEJADO, SIMULANDO UMA SITUAÇÃO DE AULA. A DISCUSSÃO DE GÊNERO E SEXUALIDADE SE MOSTRA NECESSÁRIA NO ESPAÇO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, UMA VEZ QUE ELA PERPASSA O COTIDIANO ESCOLAR, ALGO QUE FICOU BASTANTE EVIDENTE DURANTE AS INTERVENÇÕES REALIZADAS A PARTIR DAS DIVERSAS EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS.

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