Este trabalho é um ensaio reflexivo sobre a função social da escola diante das mudanças referentes à constituição das identidades dos sujeitos e a centralidade da cultura em tempos pós-modernos e os conflitos geracionais ocasionados por esse movimento. A grande problemática paira sobre como a escola pode contribuir para minimização da intolerância e o preconceito existentes nas relações entre os jovens durante esse processo de formação identitária, advindos das diferenças culturais. Fundamentadas em Forquin, Veiga-Netto e Hall, tecemos uma discussão sobre como a escola deve trabalhar, enquanto espaço social, para a minimização do preconceito através de diálogos que possibilitem o entendimento das diferenças e a importância da história do outro (diferente) para sua própria constituição identitária. Considerando que as escolas não oferecem espaço, em sua maioria, para as discussões sobre Ética e Pluralidade Cultural, que são temas transversais, podemos pensar na disciplina Ensino Religioso (em sua nova perspectiva conforme a LDB 9394/96) como caminho para construção desse pilar, quando proporciona diálogos sobre a existência humana, o fenômeno religioso e seu impacto sobre o social onde estes alunos vivem? Estudos como os de Junqueira e Benicá defendem que sim, mesmo diante da dita laicidade do Estado, justificando que, a partir das discussões antropológicas e históricas das religiões e do diálogo, é possível alcançar a minimização dos preconceitos e da intolerância.