Se colocarmos a Educação Especial em evidência, poderemos cometer algumas falhas, tais como dizer que esse tipo de educação é igualitário ao da Educação Inclusiva ou que ambas tiverem o mesmo nascedouro. A proposta bilíngue apresenta duas possibilidades: a primeira é pautada na ideia de que o surdo deverá primeiramente aprender a Libras e após estar bem fundamentada, ou seja, internalizada, ele poderá partir para o aprendizado da Língua Portuguesa. A segunda possibilidade consta no fato de que ambas as línguas podem ser ensinadas ao mesmo tempo. O ambiente escolar, através ou fazendo uso da proposta bilíngue, possibilitou e ampliou a oferta das Escolas Inclusivas. Neste tipo de escola, os surdos e os ouvintes têm as mesmas condições de aprender de maneira igualitária, ou seja, não haverá o beneficiamento de um em detrimento do outro em qualquer disciplina, seja esta da área de humanas, saúde ou exatas. Será? Essa dúvida foi crucial para a feitura deste pôster, pois como estudantes do curso de Licenciatura Plena em Matemática, nos preocupamos com a qualidade de ensino da mesma nas escolas e por que não nas escolas ditas especiais e/ou inclusivas. Assim sendo, buscamos averiguar como o ensino dessa disciplina, está sendo dado em uma escola para surdos na cidade de Campina Grande-PB. Utilizamos como recursos metodológicos a análise bibliográfica sobre o tema “surdez”, sobretudo sobre a “educação de surdos” (GESSER, 2012 ; QUADROS, 1997) também de uma pesquisa in loco, de entrevistas semi direcionadas e da pesquisação, por crermos que ela nos permite ver o problema de dentro e não de um ponto de vista externo (SEVERINO, 2007). Através da análise dos resultados, pudemos ver que a professora não possui o domínio dos temas que devem ser lecionados devido à sua formação acadêmica, pois na universidade pela qual se graduou em Licenciatura matemática, não há o período de estágio nas escolas – o que cremos ser uma grande falha dessa instituição de nível superior. Também, pudemos observar que o tempo da hora/aula chega quase a ser irrisório. Notamos também que a prática pedagógica da professora de matemática foge à essência da pedagogia da autonomia no tocante aos saberes necessários à prática educativa em muitos dos seus aspectos (FREIRE, 2014), como por exemplo, a inexistência da preocupação de assimilar o conteúdo a ser ministrado com a vida do aluno, isto é, a professora não busca fazer com que o conhecimento formal confabule com alguma experiência de vida dos alunos. Notamos que a turma possui um conhecimento matemático extremamente caótico e preocupante, haja vista que os alunos, mesmo os que estão em séries mais avançadas, não possuem o domínio nem sequer das quatro operações básicas da matemática. Chegamos, por conseguinte, à seguinte conclusão: não há uma preocupação na formação dos professores de matemática, sobretudo os que atuam(rão) no ramo da Educação Especial e/ou Inclusiva. Também, que uma intervenção, seja através de minicursos, palestras, reuniões, etc. fazem-se necessárias tendo em vista o déficit que há na escola analisada.