Após a década de 1990 foi crescente as discussões e lutas pela inclusão de alunos com necessidade educativas especiais, doravante AEE, em escolas regulares. Quando se fala em Educação Inclusiva, de modo geral fala-se de uma educação voltada para todos. As discussões sobre esse modelo de educação foram fortalecidas após a publicação da Declaração de Salamanca em 1994, documento que trata dos princípios, políticas e práticas em educação especial. Essa declaração define ainda, que qualquer estudante que apresente dificuldades de aprendizagem deve ser considerado portador de necessidades educativas especiais, além de que é a escola que se deve adequar a esses alunos, e não ele à escola, assim, neste sentido, a escola precisa contemplar o aluno com práticas pedagógicas, que o envolva de maneira que considere cada aluno de forma individual. Em 1996 foi publicada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9.394/96) que estabelece o direito de todos à educação, sendo dever do Estado e da família promove-la. Apesar das lutas e discussões pela efetiva inclusão, percebe-se que a formação de professores ainda é precária nesse sentindo; os cursos de licenciatura de modo geral não oferecem ao futuro professor aparatos teóricos e metodológicos para lidar com um aluno com necessidades educacionais especiais. Partindo desses princípios, a pesquisa que ora se apresenta objetiva em estudar como se dá o processo da inclusão de alunos com necessidades educativas especiais no Colégio José Aloísio Dias, situado no interior da Bahia. O enfoque de tal estudo foi identificar quais as dificuldades encontradas pela escola para trabalhar com esses alunos, bem como, compreender a prática pedagógica dos professores, levando em consideração a formação dos mesmos e os conhecimentos que tais docentes têm acerca da Educação Inclusiva. Os procedimentos metodológicos utilizados para atingir os objetivos da pesquisa, foram entrevistas com professores e gestores da escola e em seguida análise das respostas dadas. Todos os professores entrevistados afirmaram que a sua formação foi precária em relação a trabalhar com AEE, porém, ao estarem diante da necessidade de trabalhar, buscam adaptar as atividades propostas na sala, para que todos possam participar. Em relação à equipe gestora, percebe-se que há um empenho em proporcionar uma educação de qualidade, porém se deparam com problemas que estão além das suas atribuições. Assim, percebe-se que apesar dos esforços dos docentes e gestores da instituição estudada, muito ainda precisa ser feito para que de fato ocorra uma inclusão assim como está prevista nas leis e declarações.