A Lei 10.639/03 trouxe para a sociedade mais uma política de valorização do negro e da cultura afro-brasileira. Essa Lei determina o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana no currículo escolar, em toda a rede de ensino pública ou privada. Mesmo sendo uma iniciativa que vise à quebra de preconceito e o reconhecimento da população afro-brasileira, a sua implementação tem sido dificultada. Entre as dificuldades podemos identificar a falta de formação docente sobre a temática. Considerando a importância do reconhecimento da diversidade no cotidiano escolar e a superação da desigualdade étnico-racial, a Universidade Federal da Paraíba, por meio do Projeto de Extensão Comunidade Quilombolas: reflexão e desenvolvimento de práticas de inclusão social, ofereceu, no ano de 2014, o curso de formação continuada, Educar para a Diversidade: Educação Quilombola; com objetivo principal de formar professores sobre a História da África e as contribuições na cultura brasileira. Por este motivo, o presente artigo visa explicitar as ações relacionadas durante esta formação. O curso é na modalidade virtual, com carga horária de 158 horas, ofereceu-se 80 vagas, sendo preenchidas apenas 49, sendo 44 professores e 5 extensionistas. Dos 44 professores apenas 15 estão ativos no curso. Esses resultados mostram que mesmo com a possibilidade de uma formação para o cumprimento da Lei 10.639/10; os professores não apresentam interesse e demonstram muita resistência para estudar a temática, o que nos permite afirmar que a materialização da Lei só ocorrerá com a monitoração e intervenção das Secretarias de Educação dos Munícipios e Estados.