A aplicação de conceitos socioambientais auxilia na formação sociocrítica do indivíduo e no desenvolvimento gradual do interesse e compromisso com o descarte de materiais oriundos do consumo diário. Tendo em vista a sala de aula, como ambiente construtor e reformulador de conceitos, apresenta-se ai um desafio para a educação formal. Neste sentido, este trabalho relata resultados parciais de uma investigação sobre a formação conceitual através da linguagem, especificamente da argumentação, no âmbito da educação socioambiental, aplicados em duas escolas da Rede Pública Estadual do Recife, no qual o público-alvo foram alunos do ensino médio. A metodologia foi estruturada a partir da observação no ensino médio em duas escolas publicas. As primeiras observações dentro do ambiente escolar foram realizadas nas aulas destinadas a formação de uma horta e na participação numa oficina sobre a reutilização do lixo escolar. As analises após a coleta de dados revelou o interesse e motivação dos alunos em participarem das atividades e a prática docente que revelou pouca abertura para a existência de um diálogo argumentativo, percebemos claramente que as aulas priorizaram as informações cientificas sobre o conhecimento estudado. Nas aulas práticas, onde localizamos situações mais dialógicas na tentativas de exercer momentos de reflexão entre professores e alunos a partir das situações problemas analisadas. Conclui-se que se fazem necessárias pesquisas mais desenvolvidas onde se analisem a ação-reflexão desse conceito e suas aplicações na sociedade e a observação do discurso argumentativo sobre a educação ambiental desenvolvido e o seu exercício no ambiente escolar.