O presente artigo vem discutir, através dos grandes avanços no processo educacional, a Discalculia como um distúrbio que dificulta a aprendizagem, pois impede que o indivíduo compreenda os processos matemáticos, mesmo que ele tenha uma capacidade de compreensão considerada dentro dos padrões de normalidade (QI normal ou acima do normal). A discalculia é considerada como distúrbio de aprendizagem, definida como uma desordem neurológica específica, que afeta a habilidade do indivíduo compreender e manipular números. O objetivo do artigo é refletir como detectar a discalculia, pois sabemos que é um transtorno de aprendizagem ainda sem causa totalmente definida, pois os diversos autores que a estudam não chegaram a um consenso no que se refere a este aspecto, que se manifesta como uma dificuldade da criança para realizar operações matemáticas, classificar números e colocá-los em sequência e que se o transtorno não for reconhecido a tempo, pode comprometer o desenvolvimento escolar da criança. Sabemos que a aprendizagem da matemática é necessária para que seja possível organizar o pensamento e estimular o raciocínio dedutivo do aluno. Para a fundamentação teórica foram estudados os seguintes autores: FRANK (2013); TORRES (2014); LENA (2010); NOVAES (2007); GARCIA (1998). A metodologia adotada foi uma pesquisa bibliográfica, com o intuito de refletir como detectar as causas da discalculia nos alunos e de sugestões de jogos e atividades que contribuam com seu desenvolvimento. É imprescindível que o professor esteja atento à trajetória da aprendizagem desse aluno, principalmente quando ele apresentar símbolos matemáticos malformados, demonstrar incapacidade de operar com quantidades numéricas, não reconhecer os sinais das operações, apresentar dificuldades na leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a multiplicação e a divisão. Os resultados demonstraram que a aprendizagem ocorre quando a criança desenvolve uma compreensão profunda de conceitos importantes para utilizá-los em diferentes problemas, tanto na escola como na vida futura. Diante dos estudos, concluímos que as dificuldades de aprendizagem são causadas por diferenças no funcionamento cerebral e na forma pela qual o cérebro processa as informações. Sendo assim, as crianças com tais dificuldades não são incapazes ou preguiçosas, o problema reside no fato de que seus cérebros processam a informação de uma forma diferente da maioria das crianças. Elas podem sim, aprender de forma a superar suas limitações, e de fato aprendem com sucesso. Percebemos que não é fácil detectar quando uma criança tem problemas na aprendizagem, mas existe uma série de indicadores que os especialistas podem orientar aos pais, professores e profissionais para que possam desempenhar um papel ativo no desenvolvimento e progresso das habilidades dessas crianças, para que acreditem nas suas capacidades e tenham confiança em si mesma. Sendo assim, o futuro dessas crianças está nas mãos das pessoas que estão ao seu lado na aprendizagem, na capacidade de tomar decisões, motivando-as para atingir seus objetivos.