O PRESENTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO PRINCIPAL, ANALISAR O ROMANCE “MENINO DE ENGENHO” E PERCEBER COMO AS PESSOAS DO CAMPO FORAM EXCLUÍDAS DA SOCIEDADE BRASILEIRA. ESSAS PESSOAS NÃO FORAM RECONHECIDAS COM RELAÇÃO ÀS SUAS CAPACIDADES INTELECTUAIS, SENDO SIMPLESMENTE USADAS COMO INSTRUMENTOS DE TRABALHO. MESMO EXCLUÍDAS DA SOCIEDADE, PERCEBEMOS QUE ELAS RESISTIRAM ATRAVÉS DE VÁRIOS ARTIFÍCIOS PARA SOBREVIVER NESTA SOCIEDADE EXCLUDENTE. DESTE MODO, SE ASSUMIRAM SUJEITOS HISTÓRICOS, OU SEJA, SUJEITOS HISTÓRICOS LUTANDO POR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA. O ESCRITOR PARAIBANO JOSÉ LINS DO REGO RETRATA ESSAS PESSOAS NO PERÍODO PÓS-ABOLIÇÃO, ONDE AS TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS, ECONÔMICAS, CULTURAIS ESTÃO AFLORANDO DE UMA FORMA MUITO FORTE. NESSA PERSPECTIVA DIALOGAMOS COM ALGUNS AUTORES TAIS COMO: GIL (2002); PIRES (2012); REGO (2003); RODRIGUES (2017), ENTRE OUTROS. EM MEIO A ESSA REALIDADE SOCIAL AS PESSOAS DO CAMPO FORAM COLOCADAS À MARGEM DA NOVA REALIDADE DO PAÍS, NÃO FORAM INSERIDAS NA INDÚSTRIA, MUITO MENOS OCORREU UMA CAPACITAÇÃO DA MÃO-DE-OBRA PARA SE ADEQUAR A ESSA NOVA REALIDADE. NESTA PERSPECTIVA OBSERVAMOS AS HIERARQUIAS IMPOSTAS NA SOCIEDADE BRASILEIRA, ONDE OS BRANCOS SÃO COLOCADOS ACIMA DAS PESSOAS NEGRAS VISTAS COMO INFERIORES, E INCAPAZES DE SEREM INSERIDAS NO PROCESSO PRODUTIVO DO PAÍS E NA INDUSTRIALIZAÇÃO. A COMPREENSÃO ERA A DE QUE AS PESSOAS DO CAMPO NÃO TINHAM CAPACIDADE PARA O TRABALHO NA INDÚSTRIA; SÓ SERVIAM PARA O TRABALHO FORÇADO E BRAÇAL NA AGRICULTURA.