O PRESENTE ARTIGO TEM POR OBJETIVO DISCUTIR O FENÔMENO ROTULADO POR FRACASSO ESCOLAR, UTILIZANDO COMO REFERENCIAL OS ESTUDOS CRÍTICOS ACERCA DA TEORIA DA CARÊNCIA CULTURAL E A PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL. PARTE-SE DO PRINCÍPIO DE QUE O ALUNO ORIUNDO DE UMA FAMÍLIA POBRE É UM SUJEITO
DETENTOR DE CULTURA TANTO QUANTO UM INDIVÍDUO DE UMA CLASSE MAIS ELEVADA, PORÉM RECONHECE-SE QUE EXISTE UMA ASSOCIAÇÃO HISTÓRICA NA QUAL A CRIANÇA POBRE, AO SER ROTULADA COMO CARENTE, ESTARÁ FADADO AO FRACASSO ESCOLAR. BASEADO NOS APORTES DE VIGOTSKI, COMPREENDE-SE QUE A CULTURA E O ENVOLVIMENTO DO SUJEITO COM SEU AMBIENTE EXTERNO SÃO FUNDAMENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO. PRIMEIRAMENTE, ESTE ENSAIO ENFATIZA O QUE SE ENTENDE PELA TEORIA DA CARÊNCIA CULTURAL, COM AS NECESSÁRIAS CRÍTICAS À SUA ASSOCIAÇÃO COM FATORES REFERENTES AO FRACASSO E À EVASÃO ESCOLAR.
EM SEGUIDA, SÃO ENFATIZADAS CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO, INTERAÇÃO COM O MEIO, RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO E DESENVOLVIMENTO SEGUNDO A TEORIA DE VIGOTSKI. POR FIM, ESTA PRODUÇÃO VAI ARTICULAR AS CONTRADIÇÕES EXISTENTES ENTRE OS DOIS CAMPOS DE ESTUDO. OBSERVOU-SE QUE A ASSOCIAÇÃO COMUM ENTRE CLASSE, CULTURA E FRACASSO ESCOLAR PODE SER CONTRAPOSTA PELO VIÉS HISTÓRICO-CULTURAL, POIS TODOS ESTAMOS INSERIDOS EM UMA CULTURA, SEM SOBREPOSIÇÕES, E AS EXPERIÊNCIAS CULTURAIS E SOCIAIS SÃO
FUNDAMENTAIS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO E EDUCACIONAL.