COM O AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE COVID-19, ÓBITOS E/OU INTUBAÇÕES TORNARAM-SE REALIDADES AINDA MAIS PRESENTES NOS SERVIÇOS DE SAÚDE. ASSIM, A COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS PRECISOU SER REPENSADA. ESTE RESUMO APRESENTA O RELATO DE UMA INTERVENÇÃO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DA PREFEITURA DE UBERLÂNDIA (CEPS) JUNTO A PROFISSIONAIS DE PRONTO ATENDIMENTO DO MUNICÍPIO SOBRE O TEMA COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS. FOI PROPOSTA A LEITURA DE MATERIAL SOBRE O PROTOCOLO SPIKES, CRIADO EM 1992 PELO MÉDICO ROBERT BUCKMAN, PARA ORIENTAR A COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS POR MEIO DE SEIS PASSOS DIDÁTICOS. FORAM REALIZADOS QUATRO ENCONTROS COM AS EQUIPES, NOS QUAIS PARTICIPARAM 40 PROFISSIONAIS (3 MÉDICOS, 7 ASSISTENTES ADMINISTRATIVOS, 6 ASSISTENTES SOCIAIS, 6 ENFERMEIROS, 11 TÉCNICOS DE ENFERMAGEM, 2 COORDENADORES/SUPERVISORES DE ENFERMAGEM, 2 TELEFONISTAS E 3 FISIOTERAPEUTAS). NA INSCRIÇÃO, ESTES FORAM QUESTIONADOS SOBRE SEUS RECURSOS INTERNOS E CONHECIMENTOS ANTERIORES SOBRE A COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS. 49% DAS PESSOAS NÃO SE SENTIAM PREPARADAS PARA LIDAR COM AS REAÇÕES DO INTERLOCUTOR E 91% DESCONHECIAM O PROTOCOLO SPIKES. SOBRE EXPECTATIVAS EM RELAÇÃO AO TREINAMENTO, AS RESPOSTAS FORAM: PREPARO EMOCIONAL E PSICOLÓGICO (3), ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL (6), ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS (1), APRENDIZADO (8), CONHECER O ASSUNTO (6), MELHOR PREPARO PARA A COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTIFICAS (7), MELHORAR O ATENDIMENTO AO PÚBLICO (1) E NÃO RESPONDERAM (8). OS AUTORES ABORDARAM COM OS GRUPOS DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE: EXPERIÊNCIAS EM RELAÇÃO ÀS COMUNICAÇÕES DE ÓBITOS E OUTRAS NOTÍCIAS IMPORTANTES COM PACIENTES E/OU FAMILIARES; TIPOS DE COMUNICAÇÃO (VERBAL E NÃO VERBAL) E SUA IMPORTÂNCIA NAS RELAÇÕES HUMANAS, ESPECIFICAMENTE, NO CONTEXTO DE TRABALHO DA SAÚDE; ASSIM COMO OS PASSOS DA COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS SEGUNDO O PROTOCOLO SPIKES. DURANTE AS ATIVIDADES FORAM RELATADAS DIFICULDADES NO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA DE COVID-19, TAIS COMO: LIMITAÇÕES DE EQUIPAMENTOS E TRANSFERÊNCIAS DE PACIENTES PARA ALTA COMPLEXIDADE, GRANDE NÚMERO DE ÓBITOS, NECESSIDADE DE LIDAR COM O MEDO DO CONTÁGIO DE COVID-19 E SUA TRANSMISSÃO, BEM COMO AGRESSIVIDADE DE FAMILIARES E/OU PACIENTES, ALÉM DA VIVÊNCIA DE LUTO PELA PERDA DE PACIENTES, FAMILIARES E COLEGAS. OS PROFISSIONAIS APONTARAM TAMBÉM A NECESSIDADE DE TRABALHO COESO E URGENTE. QUANDO QUESTIONADOS SE SE SENTIAM FORTALECIDOS COM A EXPERIÊNCIA DA PANDEMIA, RELATARAM MEDO DE UMA POSSÍVEL TERCEIRA ONDA DA PANDEMIA E SENTIMENTO PREDOMINANTE DE EXAUSTÃO EMOCIONAL. PERCEBE-SE SINAIS DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO, TAIS COMO ESTADO DE ALERTA AO OUVIR SONS DE APARELHOS E MONITORES E LEMBRANÇAS DOS ACÚMULOS DE MORTES DIÁRIAS. RESSALTAM QUE A EMPATIA PAUTA O TRABALHO E ACREDITAM SER NECESSÁRIO UM CUIDADO COM OS PROFISSIONAIS QUE ESTÃO NA LINHA DE FRENTE. DE MODO GERAL, OS PARTICIPANTES DEMONSTRARAM MOTIVAÇÃO E INTERESSE EM RELAÇÃO À TEMÁTICA DISCUTIDA, CONTRIBUINDO NÃO SÓ COM EXEMPLOS E EXPERIÊNCIAS VIVIDAS NO CONTEXTO DE TRABALHO, MAS TAMBÉM RELATANDO SITUAÇÕES DA VIDA PESSOAL, O QUE REVELA A NECESSIDADE DE SISTEMATIZAR ESPAÇOS DE FORMAÇÃO CONSTANTES QUE POSSAM CONTRIBUIR PARA QUE A COMUNICAÇÃO DE MÁS NOTÍCIAS SEJA REALIZADA DE FORMA EFICAZ E ADEQUADA, RESPEITANDO ASPECTOS BIOPSICOSSOCIAIS TANTO DOS USUÁRIOS QUANTO DOS PROFISSIONAIS.