NO CENÁRIO ATUAL, A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR VEM PRESENCIANDO MUDANÇAS CURRICULARES, A FIM DE BUSCAR UMA PROPOSTA INOVADORA E EMANCIPADORA, TAL QUAL, PROMOVER AUTONOMIA E AUTOCONHECIMENTO COM O DESENVOLVIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO DAS SUAS UNIDADES TEMÁTICAS. BRASIL (2017, P. 214) CONSIDERA QUE “A CADA PRÁTICA CORPORAL PROPICIA AO SUJEITO O ACESSO A UMA DIMENSÃO DE CONHECIMENTO E DE EXPERIÊNCIAS AOS QUAIS ELE NÃO TERIA DE OUTRO MODO. A VIVÊNCIA DA PRÁTICA É UMA FORMA DE GERAR UM TIPO DE CONHECIMENTO MUITO PARTICULAR E INSUBSTITUÍVEL E, PARA QUE ELA SEJA SIGNIFICATIVA, É PRECISO PROBLEMATIZAR, DESNATURALIZAR E EVIDENCIAR A MULTIPLICIDADE DE SENTIDOS E SIGNIFICADOS QUE OS GRUPOS SOCIAIS CONFEREM ÀS DIFERENTES MANIFESTAÇÕES DA CULTURA CORPORAL DE MOVIMENTO”. DESTE MODO, A PRESENTE PESQUISA, TEM COMO OBJETIVO CARACTERIZAR A TEORIA DO SABER LUTAR, COM O PROPÓSITO DE APRESENTAR UMA PERSPECTIVA DIFERENTE AO LECIONAR A UNIDADE TEMÁTICA LUTAS, BEM COMO, INSTIGAR O EDUCADOR A ELABORAR VIVENCIAS PRÁTICAS AOS EDUCANDOS. O ESTUDO CARACTERIZA-SE POR SUA ABORDAGEM DE NATUREZA QUALITATIVA, AMPARADO PELO PROCEDIMENTO BIBLIOGRÁFICO, JUSTIFICANDO SUA IMPORTÂNCIA NA REALIZAÇÃO DO TRABALHO CIENTÍFICO. A PRIMEIRA APARIÇÃO DA PRÁTICA DE LUTAS NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) É NO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS, SE ESTENDENDO ATÉ O ENSINO MÉDIO COM A PROPOSTA DE VIVENCIAR PRÁTICAS DESENVOLVIDAS NO ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS E FINAIS OU TEMÁTICAS QUE PARTAM DA CURIOSIDADE DO EDUCANDO. SEGUNDO GOMES ET AL. (2010) A PRÁTICA DE LUTAS É CARACTERIZA PELOS PRINCÍPIOS CONDICIONAIS, SENDO, CONTATO PROPOSITAL, OPONENTE-ALVO, FUSÃO ATAQUE/DEFESA, IMPREVISIBILIDADE E REGRAS. COMPREENDE-SE QUE ENTRE AS CARACTERÍSTICAS CITADAS ACIMA, A MAIS PREDOMINANTE É A IMPREVISIBILIDADE, UMA VEZ QUE, ACONTECERÁ A DEFESA E O ATAQUE A QUALQUER MOMENTO. NO ENTANTO, TERRISSE (1995) ENCONTRA NO SABER LUTAR UM EQUILÍBRIO ENTRE A IMPREVISIBILIDADE E A COOPERAÇÃO NA PRÁTICA DE LUTAS. O AUTOR PARTE DO PRESSUPOSTO QUE SABER LUTAR É REPRESENTADO PELA INTENÇÃO TÁTICA, A QUAL NECESSITA DA CONFIANÇA MÚTUA PARA FACILITAR A APRENDIZAGEM, SEM QUE PERCA O SENTIDO DA ATIVIDADE. O AUTOR UTILIZA O EXEMPLO DE UM “PÊNDULO” AO EXPLICAR A TEORIA, VISTO QUE, A PRÁTICA DE LUTA É IMPREVISÍVEL, E A IMPREVISIBILIDADE EXCITA A OPOSIÇÃO, ENTRETANTO, QUANDO A IMPREVISIBILIDADE É POUCO ESTIMULADA, A COOPERAÇÃO TEM ÊNFASE MAIOR. AINDA QUE A IMPREVISIBILIDADE TENHA MAIOR CARACTERÍSTICA NA PRÁTICA DE LUTAS, O SABER LUTAR INSTIGA UM EQUILÍBRIO ENTRE A OPOSIÇÃO E A COOPERAÇÃO. TERRISSE (2000) TEM COMO BASE TRÊS SABERES NECESSÁRIOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO SABER LUTAR, SENDO ELES: SABER DA PRÁTICA, SABER PARA A PRÁTICA E SABER ATRAVÉS DA PRÁTICA. PORTANTO, ACREDITA-SE QUE A TEORIA DO SABER LUTAR É UM CONCEITO DIDÁTICO AO RELACIONAR A PRÁTICA DE LUTAS NUM CONTEXTO COOPERATIVO, CONCLUINDO QUE SUA TEMATIZAÇÃO DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO O ENSINO-APRENDIZAGEM QUE IMPLICA DIRETAMENTE EM SABER DA PRÁTICA, SABER PARA A PRÁTICA E SABER ATRAVÉS DA PRÁTICA.