CRIANÇAS COM TDC APRESENTAM DIFICULDADES MOTORAS EM DIFERENTES CLASSES DE HABILIDADES, ALÉM DE DIFERENTES COMORBIDADES ASSOCIADAS, CARACTERIZANDO-AS COMO UM GRUPO HETEROGÊNEO. O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA SE APRESENTA COMO UM AGENTE ESSENCIAL PARA IDENTIFICAR E AUXILIAR ESSAS CRIANÇAS, DENTRO E FORA DAS AULAS. CONTUDO, AINDA NÃO SE SABE O QUE E QUANTO OS PROFESSORES CONHECEM SOBRE O TRANSTORNO. ASSIM, O OBJETIVO DESTE ESTUDO, APROVADO PELO COMITÊ DE ÉTICA LOCAL, FOI INVESTIGAR QUAL O CONHECIMENTO QUE OS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA EDUCAÇÃO BÁSICA TÊM SOBRE O TDC. PARTICIPARAM 131 PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA (39,69% HOMENS; 60,31% MULHERES), COM MÉDIA DE IDADE DE 37,5 ±7,0 ANOS. TODOS OS PARTICIPANTES ATUAVAM NA REDE PÚBLICA DE ENSINO, EM MÉDIA, A 10,0 ±5,7 ANOS. O INSTRUMENTO UTILIZADO CONSISTIU DE UM QUESTIONÁRIO COM PERGUNTAS ABERTAS E FECHADAS, DISPONIBILIZADO NA PLATAFORMA GOOGLE FORMULÁRIOS®. ESTE QUESTIONÁRIO FOI COMPOSTO POR 23 QUESTÕES REFERENTES A: 1) DADOS SÓCIO DEMOGRÁFICOS; 2) FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DO PROFESSOR; 3) CONHECIMENTOS SOBRE DIFICULDADES MOTORAS; E 4) CONHECIMENTOS RELACIONADOS AO TDC. AS QUESTÕES FECHADAS DO ESTUDO FORAM ANALISADAS DESCRITIVAMENTE POR MEIO DE PORCENTAGEM. UTILIZANDO-SE DO SOFTWARE NVVIVO® AS RESPOSTAS ABERTAS FORAM CATEGORIZADAS A POSTERIORI, A PARTIR DO CONSENSO DE QUATRO PESQUISADORES. METADE DOS PROFESSORES RELATARAM QUE ACREDITAM LECIONAR PARA CRIANÇAS COM DIFICULDADES MOTORAS (50,4%), DECLARANDO UMA INCIDÊNCIA DE 5%. ELES ACREDITAM QUE ESSAS DIFICULDADES ESTÃO CENTRADAS NA COMBINAÇÃO DE HABILIDADES (40,0%), COORDENAÇÃO (16,5%), ASPECTOS MOTORES (13,1%) E OUTROS FATORES (30,4%), SENDO CAUSADOS PRINCIPALMENTE POR FATORES AMBIENTAIS (59,6%) E INDIVIDUAIS (32,5%). SOBRE O CONHECIMENTO DO TDC, 58,1% DOS PROFESSORES RELATARAM JÁ TER OUVIDO FALAR SOBRE O ASSUNTO, MAS APRESENTARAM POUCA PROFUNDIDADE NESTES CONHECIMENTOS, UTILIZANDO PALAVRAS DO PRÓPRIO QUESTIONÁRIO PARA ELABORAR AS RESPOSTAS. 64,4% INDICOU TER OUVIDO FALAR DO TDC NA FORMAÇÃO INICIAL OU CONTINUADA E A MAIOR PARTE RELATOU NÃO TER BUSCADO MAIS CONHECIMENTO SOBRE O TEMA (33,3%). EM SÍNTESE, APENAS 11,7% APRESENTARAM UMA CONCEITUAÇÃO ELABORADA, DEMONSTRANDO CARÊNCIA DE CONHECIMENTOS SOBRE O TDC. QUESTIONADOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO SOBRE O TDC PARA A ATUAÇÃO DOCENTE, 96,9% RELATOU SER IMPORTANTE, COM 59,0% JUSTIFICANDO QUE ESTE CONHECIMENTO PODERIA AUXILIAR A ORIENTAR A APRENDIZAGEM. PORÉM, ELES SE SENTEM MUITO POUCO PREPARADOS PARA IDENTIFICAR (45,8%) E POUCO PREPARADOS PARA LIDAR PEDAGOGICAMENTE COM CRIANÇAS COM TDC (35,8%). SOBRE O ATENDIMENTO A ESSAS CRIANÇAS, 37,8% ACREDITA QUE ELA DEVE ACONTECER NA PRÓPRIA AULA, COM A CAPACITAÇÃO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA E APOIO DOS DEMAIS COLEGAS DE SALA, OU COM ATIVIDADES DE APOIO NO CONTRA TURNO COM UM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESPECIALIZADO (25,9%) O QUE INDICA QUE HÁ UMA PREOCUPAÇÃO EM PRESTAR A DEVIDA ASSISTÊNCIA AO DESENVOLVIMENTO DESSAS CRIANÇAS NUM CONTEXTO INCLUSIVO.