INTRODUÇÃO: QUEDA É UM PROBLEMA IMPACTANTE NA DIMINUIÇÃO DA INDEPENDÊNCIA E DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON (PCDP). O MEDO DE QUEDAS INTERFERE DE FORMA NEGATIVA NO CONTROLE POSTURAL DE PCDP. PERFORMANCE RUIM EM TESTES CLÍNICOS DE EQUILÍBRIO E ALTERAÇÕES NO COMPORTAMENTO DO CENTRO DE PRESSÃO (COP) EM SITUAÇÕES ESTÁTICAS ESTÃO ASSOCIADAS AO AUMENTO DO MEDO DE QUEDAS EM PCDP. PORÉM, EM NOSSO CONHECIMENTO, NÃO ESTÁ CLARA A RELAÇÃO ENTRE MEDO DE QUEDAS E COMPORTAMENTO DO COP NOS AJUSTES POSTURAIS EM SITUAÇÕES COM PERTURBAÇÃO EXTERNA NESSA POPULAÇÃO. OBJETIVO: CORRELACIONAR O MEDO DE QUEDAS COM OS AJUSTES POSTURAIS REATIVOS APÓS PERTURBAÇÕES EXTERNAS IMPREVISÍVEIS EM PCDP. MATERIAIS E MÉTODO: SETENTA E UM PCDP (MULHER/HOMEM = 40/31; IDADE = 71,44±8,35 ANOS; MASSA CORPORAL = 69,05±9,96 KG; ESTATURA = 160,98±8,83 CM) COM COMPROMETIMENTO MODERADO DA DOENÇA (UNIFIED PARKINSON’S DISEASE RATING SCALE PARTE MOTORA = 27,72±10,32 PONTOS) PARTICIPARAM DO ESTUDO. PARA AVALIAÇÃO DOS AJUSTES POSTURAIS, OS PARTICIPANTES FICARAM EM PÉ SOBRE UMA PLATAFORMA DE FORÇA POSICIONADA SOBRE UMA PLATAFORMA MÓVEL. ESTE EQUIPAMENTO REALIZOU TRANSLAÇÃO DA SUPERFÍCIE DE SUPORTE NO SENTIDO POSTERIOR, COM VELOCIDADE (15 CM/S) E DESLOCAMENTO (5 CM) PADRONIZADAS PARA TODOS OS PARTICIPANTES. AS PERTURBAÇÕES EXTERNAS FORAM APLICADAS EM 5 DE 15 TENTATIVAS DE FORMA RANDÔMICA. ALÉM DISSO, O MOMENTO DA TRANSLAÇÃO DA PLATAFORMA OCORREU DE FORMA RANDÔMICA DENTRO DO TEMPO DE CADA TENTATIVA (20 S), GARANTINDO A IMPREVISIBILIDADE TEMPORAL DA PERTURBAÇÃO. AMPLITUDE E PICO DO POSICIONAMENTO DO COP FORAM ANALISADOS EM 2 PERÍODOS REATIVOS (RESPOSTAS PRECOCES E TARDIAS). INDEPENDENTE DOS PERÍODOS, FORAM ANALISADOS O TEMPO PARA O PICO E O TEMPO PARA RECUPERAR A POSIÇÃO ESTÁVEL APÓS A PERTURBAÇÃO. O MEDO DE QUEDAS FOI AVALIADO POR MEIO DO FALLS EFFICACY SCALE-INTERNATIONAL (FES-I). A PONTUAÇÃO DO FES-I VARIA DE 16 A 64, SENDO QUE QUANTO MAIOR FOR A PONTUAÇÃO, MAIOR É A PREOCUPAÇÃO EM CAIR. CORRELAÇÕES DE SPEARMAN ENTRE A PONTUAÇÃO TOTAL DO FES-I E OS PARÂMETROS DO COP FORAM APLICADAS. RESULTADOS: A PONTUAÇÃO TOTAL DO FES-I MOSTROU FRACA CORRELAÇÃO COM O TEMPO PARA O PICO (RHO = 0,43; P<0,01). NÃO HOUVE CORRELAÇÃO SIGNIFICATIVA ENTRE O FES-I E OS DEMAIS PARÂMETROS DO COP. CONCLUSÃO: OS AJUSTES POSTURAIS APÓS PERTURBAÇÕES EXTERNAS IMPREVISÍVEIS, ANALISADOS POR MEIO DO COMPORTAMENTO DO COP, TÊM POUCA RELAÇÃO COM O MEDO DE QUEDAS EM PCDP. ENTRETANTO, OS PCDP QUE PRECISAM DE MAIS TEMPO PARA ATINGIR O VALOR MÁXIMO DO COP APRESENTAM MAIOR MEDO DE QUEDAS, APESAR DA FRACA CORRELAÇÃO.