NOS ÚLTIMOS ANOS, NOTOU-SE UM AUMENTO EXPLÍCITO DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES E GRANDE PARTE DOS CASOS SÃO PROVENIENTES DE SEUS VÍNCULOS AFETIVOS, REFORÇANDO AS RELAÇÕES DE PODER AO INVÉS DE RELAÇÕES BASEADAS EM RESPEITO. ATRIBUINDO A NÃO RESPONSABILIZAÇÃO PELA VIOLÊNCIA ESTRUTURAL AO ESTADO, PERCEBE-SE O OCULTAMENTO DA CIDADANIA DAS MULHERES E SUA EXCLUSÃO COMO PERTENCENTE À NAÇÃO. APENAS EM 2019, HOUVERAM MAIS DE 4 MIL VÍTIMAS DE FEMINICÍDIO NA REGIÃO LATINO-AMERICANA, SENDO 2 DE CADA 3 MORTES PROVOCADAS POR COMPANHEIROS/EX-COMPANHEIROS. AGRAVANTES COMO O RACISMO E A LGBTFOBIA, INTENSIFICAM SIGNIFICATIVAMENTE A VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES AFRODESCENDENTES E TRANSEXUAIS, QUE SÃO AS MAIS ATINGIDAS. CONSIDERANDO A INTERSECCIONALIDADE ENTRE CLASSE, GÊNERO E RAÇA/ETNIA COMO FUNDAMENTAL PARA A ANÁLISE, DESTACAMOS A BANALIZAÇÃO E NATURALIZAÇÃO DAS DISCUSSÕES COMO FORMA DE DOMINAÇÃO, E CONSEQUENTEMENTE, MANUTENÇÃO DO STATUS QUO. ATENTANDO AO FATO DE REGIÕES SUBDESENVOLVIDAS POSSUÍREM O MAIOR ÍNDICE DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO NO MUNDO, COMO É O CASO DA AMÉRICA LATINA, O PRESENTE TRABALHO BUSCOU CARACTERIZAR O FENÔMENO NOS ÂMBITOS DOMÉSTICO E INTERNACIONAL BASEANDO-SE NA METODOLOGIA DESCRITIVA, TAL COMO IDENTIFICAR OS IMPACTOS NA CONTEMPORANEIDADE ATRAVÉS DE RECURSOS EXPLORATÓRIOS. POR FIM, PROPÕE-SE EXAMINAR ATRAVÉS DA TEORIA FEMINISTA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS, A INFLUÊNCIA DO CAPITALISMO NEOLIBERAL E A INSTRUMENTALIDADE DE ESTADOS IMPERIALISTAS PARA COM A SUPEREXPLORAÇÃO DA REGIÃO, E POR CONSEGUINTE, O AUMENTO DA POBREZA E DESIGUALDADE COMO FATORES INTRÍNSECOS À VIOLÊNCIA DE GÊNERO.