O PRESENTE TRABALHO APRESENTA DISCUSSÕES INICIAIS DE UMA PESQUISA DE TESE QUE, A PARTIR DE UM PRISMA INTERSECCIONAL, VERSA SOBRE AS TRAJETÓRIAS DE MULHERES QUE TIVERAM SEUS FILHOS ASSASSINADOS NAS DINÂMICAS DE VIOLÊNCIA LETAL EM FORTALEZA. ENFOCAMOS, AQUI, AS NARRATIVAS DESSAS MULHERES NEGRAS E PERIFÉRICAS SOBRE SUAS VIDAS, BUSCANDO, ASSIM, ANALISAR DE QUE MODO OS MARCADORES DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE SE ARTICULAM E OPERAM EM SEUS MODOS DE SUBJETIVAÇÃO. COM ISSO, AS DISCUSSÕES ACERCA DE INTERSECCIONALIDADE, FEMINISMOS, RACISMO, GÊNERO, VIOLÊNCIA E RESISTÊNCIAS ASSUMEM FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA AS REFLEXÕES AQUI PROPOSTAS, DE MODO QUE NOS AUXILIAM A MAPEAR A ATUALIZAÇÃO DA COLONIALIDADE EM SEUS COTIDIANOS E MODOS DE VIVER. ANCORAMO-NOS EM AUTORAS DOS ESTUDOS FEMINISTAS, EM ESPECIAL DO FEMINISMO NEGRO, DE ONDE EMERGE AS RELAÇÕES ENTRE COLONIALIDADE E INTERSECCIONALIDADE COMO CARNEIRO, BENTO, HOOKS E LUGONES; EM DIÁLOGOS COM AUTORES DA PERSPECTIVAS CONTRA-COLONIAIS COMO MBEMBE, FANON E VERGÈS. METODOLOGICAMENTE, TRATA-SE DE UM ESTUDO QUALITATIVO ALINHADO À PESQUISA-INTERVENÇÃO INTERSECCIONAL, NO CAMPO DA PSICOLOGIA SOCIAL. VEM SENDO REALIZADOS ACOMPANHAMENTOS MENSAIS COM UM COLETIVO DE MÃES QUE TIVERAM SEUS FILHOS ASSASSINADOS NA DINÂMICA DE VIOLÊNCIA LETAL. COMO FERRAMENTAS METODOLÓGICAS, FORAM UTILIZADOS DIÁRIOS DE CAMPO, ANALISADOS À LUZ DO MÉTODO CARTOGRÁFICO. DENTRE OS RESULTADOS A SEREM DISCUTIDOS, FORAM MAPEADOS PROCESSOS DE SILENCIAMENTO E ISOLAMENTO RELACIONADOS AOS SOFRIMENTOS PSICOSSOCIAIS VIVIDOS PELAS MÃES. ALÉM DISSO, APONTA-SE PARA O DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA QUE OPERAM NO FORTALECIMENTO DESTAS, COMO OS PROCESSOS DE COMPARTILHAMENTO E COLETIVIZAÇÃO DE DORES RELACIONADAS ÀS VIOLÊNCIAS SOFRIDAS.