NOS ÚLTIMOS TEMPOS HOUVE UMA INEGÁVEL ASCENSÃO DE UM CONJUNTO DE PAUTAS AGRUPADAS POR UMA AGENDA CONSERVADORA E MORALISTA NA POLÍTICA BRASILEIRA, SOBRETUDO AMPARADA PELA POLEMIZAÇÃO DE PAUTAS SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE; SENDO AS DISCUSSÕES EM TORNO DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO” NA EDUCAÇÃO UM PODEROSO E INFELIZ EXEMPLO DISSO. PARTINDO DE UM REFERENCIAL TEÓRICO QUE INCLUI O DEBATE FOUCAULTIANO SOBRE PODER, DISCURSO E CONTROLE PARA REFLETIR SOBRE ALGUNS DOS MECANISMOS OPERANTES DAS FAKE NEWS E SUAS INFLUÊNCIAS NAS DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE, ESTE PAPER SE PROPÕE A INVESTIGAR ALGUNS DOS EIXOS DE ARTICULAÇÃO ENTRE A ASCENSÃO DA EXTREMA DIREITA NA ARENA POLÍTICA BRASILEIRA, FAKE NEWS E GÊNERO E SEXUALIDADE. NESSE SENTIDO, CONSIDERAMOS O CAMPO DA EDUCAÇÃO COMO UM PRIVILEGIADO LOCUS NO QUAL ESSAS LINHAS DISCURSIVAS DE FORÇA SE ARTICULAM E CONSUBSTANCIAM. ATRAVÉS DA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA CULTURAL E SUA DECLARAÇÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE ESPAÇOS QUE PRODUZEM CONHECIMENTO E QUE VÃO ALÉM DO MURO DAS ESCOLAS, CONSIDERA-SE AS REDES SOCIAIS COMO ESPAÇOS POTENCIALIZADORES PARA A CRIAÇÃO DE DISCURSOS QUE ACABAM POR PRODUZIR OUTRAS REALIDADES E FABRICAR SUBJETIVIDADES. UMA PRIMEIRA CONCLUSÃO POSSÍVEL SERIA A DE QUE, ENQUANTO ESPAÇO EDUCATIVO, AS REDES SOCIAIS VÊM INFLUENCIANDO E FORMANDO NOVOS SABERES QUE TERMINAM POR DEIXAR POROSAS AS FRONTEIRAS ENTRE OS MUNDOS “VIRTUAL” E “REAL”.