EM AGOSTO DE 2017, FOI INAUGURADO NA CAPITAL FEDERAL DO BRASIL O AMBULATÓRIO DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A PESSOAS TRANS E TRAVESTIS NO DISTRITO FEDERAL. LOCALIZADO NA ASA DIREITA DO PLANO PILOTO DE BRASÍLIA, O SERVIÇO AMBULATORIAL INTEGRANTE DA ATENÇÃO SECUNDÁRIA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS), DESDE SEU PRIMEIRO ANO TEVE COMO RESPOSTA UMA ALTA DEMANDA DE MAIS DE QUATROCENTAS PESSOAS ATENDIDAS, QUE HÁ ANOS LUTAVAM E AGUARDAVAM POR SUA INAUGURAÇÃO. O SERVIÇO FOI CONSTRUÍDO, DEBATIDO E FORMADO POR MUITAS MÃOS, SOBRETUDO COM O DIRETO PROTAGONISMO DE MOVIMENTOS DE TRAVESTIS, HOMENS E MULHERES TRANS DA CIDADE, POR ATIVISTAS TRANS INDEPENDENTES E POS CIS-ALIADES COMPROMETIDOS COM A CAUSA. A PARTIR DESSE BREVE PANORAMA, ESTE ARTIGO TEM POR OBJETIVO DISCUTIR SOBRE A CRIAÇÃO E OS DESAFIOS DO AMBULATÓRIO ESPECIALIZADO EM ATENDIMENTO À POPULAÇÃO TRANS DO DISTRITO FEDERAL E DO ENTORNO, SOB A PERSPECTIVA DE DOIS HOMENS TRANS PESQUISADORES DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA E USUÁRIOS DO SERVIÇO, ANCORADOS NA TOMADA DA PALAVRA, COMO AFIRMA JAQUELINE GOMES DE JESUS E COM UMA ÓTICA DE PROBLEMATIZAÇÃO DA PATOLOGIZAÇÃO EM TORNO DAS TRANSIDENTIDADES, DE ACORDO COM TATIANA LIONÇO. ENTRE OS PRINCIPAIS RESULTADOS DISCUTIDOS ESTÃO OS DADOS ABERTOS SOBRE OS PERFIS DOS USUÁRIOS, A EXEMPLO A PREVALÊNCIA DE MAIS HOMENS TRANS DO QUE TRAVESTIS E MULHERES TRANS A UTILIZAREM O SERVIÇO, BEM COMO UMA ANÁLISE SOBRE OS SERVIÇOS OFERTADOS E SUA RELAÇÃO COM A DEMANDA E CRÍTICAS DE USUÁRIES.