A NOÇÃO TRAZIDA DE CORPO NA SOCIEDADE ESTÁ MUITO ALÉM SOMENTE DAS DIMENSÕES FÍSICAS E BIOLÓGICAS, NOS REMETE A PENSAR NA CONSTRUÇÃO DESTE ENQUANTO SISTEMA DE DOMINAÇÃO QUE SE MOLDA SOCIALMENTE. NESTE SENTIDO, TRATAREMOS AQUI ALGUMAS DIMENSÕES DE CORPO PARA COMPREENDERMOS AS TRANSGENERIDADES DIANTE DE UM SISTEMA PRÉ-CONCEBIDO ENQUANTO NORMA QUE EXCLUI E ESTRATIFICA O SUJEITO, NEGANDO DIREITOS SOCIAIS BÁSICOS PARA SUA SOBREVIVÊNCIA. DIANTE DO CENÁRIO ATUAL, ONDE OS DIREITOS ENCONTRAM-SE SOB CONSTANTES AMEAÇAS, A LUTA, A RESISTÊNCIA, O DIÁLOGO E EMBATE DE IDEIAS APRESENTAM-SE COMO INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS NO COTIDIANO DAQUELES QUE SE ENCONTRAM NO CENTRO DAS ARENAS DE CONFLITOS. ESTE ARTIGO TRATA DE UMA REFLEXÃO TEÓRICA QUE BUSCA ABORDAR OS ASPECTOS TRANSVERSAIS ÀS IDENTIDADES TRANS NA LUTA PELO RECONHECIMENTO DE SUA CIDADANIA SOB A ÓTICA DOS DIREITOS, TRAZENDO DISCUSSÕES SOBRE CORPO, TRANSGENERIDADES FEMININAS E MASCULINAS, CIDADANIA E REPRESENTATIVIDADE. IDENTIFICAMOS A NECESSIDADE DE REPENSARMOS URGENTEMENTE O MODELO DE CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS QUE ATENDEM APENAS OS CORPOS CISGÊNERO, EXCLUINDO E RENEGANDO OS CORPOS TRANS NA SOCIEDADE. DIANTE DISSO, BUSCAR COMPREENDER COMO SE DÁ A REPRESENTATIVIDADE E O PROCESSO DE RECONHECIMENTO DAS IDENTIDADES TRANSGÊNERO DIANTE DAS MAIS VARIADAS FORMAS DE NEGAÇÃO DE DIREITOS SE FAZ FUNDAMENTAL PARA REPENSARMOS RUMOS QUE SEGUEM OS SERVIÇOS SOCIAIS, QUE POSSAMOS BUSCAR A EFETIVAÇÃO DA CIDADANIA DAS PESSOAS TRANSGÊNERO E OUVIR AQUELAS E AQUELES QUE ESTÃO À FRENTE DE MOVIMENTOS BUSCANDO DAR VOZ AOS CORPOS SILENCIADOS EM NOSSA SOCIEDADE.